quinta-feira, 3 de abril de 2008

34 anos! Saibam que não me incomodo nem um pouco!


Não sou a pessoa mais feliz do mundo, embora em alguns momentos eu acredite que sou!
Tenho algumas dores na coluna, no joelho, insônia...
e meu coração bate descompassado,
às vezes acelera na hora errada,
por vezes parece que vou vomitar!
Outras vezes parece bater tão devagar,
como se não quisesse que o tempo passasse
e eu pudesse ficar ali, parada,
fitando as pessoas que amo como se fossem só minhas...
para sempre!
Acho que é isso chegar aos 34 anos pra mim.

Pra quem não me conhece muito bem, vou tentar falar de coisas simples para as quais eu teria umas 10 respostas dependendo do dia, mas hoje...

A música que mais gostaria de ouvir seria "Tarde em Itapoã" de Toquinho e Vinícius" . Mas cantada por Maria Bethania, uma das minhas preferidas pra quem ainda não sabia...

A letra da música vai no final do post.



Deitada na areia (em cima de uma canga é claro), no final da tarde, ao anoitecer, sentindo a brisa ainda quente do dia de sol e céu azul, pensando no meu filme preferido que é Lost in translation e nos meus amores...


e uma das cenas que me deixa louca...


O livro mais importante pra mim até hoje foi “Cem anos de solidão” de Gabriel Garcia Márquez, pois me fez companhia quando eu sofria sozinha, e me apeguei tanto àquela família que chorei quando a história acabou!
Ler Cem Anos de Solidão é sentir saudade, é contemplar o pôr-do-sol pensando em alguém, desejando seu abraço, seu olhar, o sorriso e ao mesmo tempo, a cada página lida, perceber que o fim está se aproximando, que o alaranjado celestial não é eterno e que aquele olhar/sorriso já não existe mais além da dor da lembrança.
É um livro sobre o tempo, um livro triste que vai rasgando por dentro, sereno, como se fosse um amor que estivesse acabando e nada mais se pudesse fazer além de esperar o fim.

Uma poesia seria impossível, pois vivo uma , ou duas por dia e amo os poetas cada vez mais.
Mas pra mim, no meu dia vou dedicar um trecho de uma mulher muito especial

"Precisão"

O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.


Clarice Lispector



Pra ler, ouvir, cantar e ter um ótimo dia...meio carioca, meio baiano...bem feliz!!!



Tarde em Itapoã (Toquinho e Vinícius)


Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
Um arco íris no ar



Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de côco



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã



Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha



E com o olhar esquecido
No encontro do céu e mar
Bem devagar e sentindo
A terra toda rodar



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã



Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que diz-que macio
Que brota nos coqueirais



E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapoã



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

***Escolhi vermelho pra realçar as palavras porque é minha cor preferida, junto com o verde, é claro

Um comentário:

  1. Belíssimo post. Completo. Vide comentário no post anterior, da Giselle.
    Hehehe. Errei.
    beijos

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