segunda-feira, 26 de novembro de 2007

AR PURO E PAZ! O QUE MAIS POSSO QUERER?


Quero respirar verdadeiramente. Mas o que seria isso? Pra mim respirar verdadeiramente é deixar as minhas células vermelhas (cor da vida, da paixão) levar esse ar para além dos tecidos, até a alma, o espírito, o campo energético, sei lá como mais podemos chamar esse além. Mas isso não é nada fácil. Poucos são os momentos em que respiramos verdadeiramente, talvez num orgasmo, num salto de pára-quedas, num vôo de asa delta ou num pulo de bang jump. E nem é preciso aprender a respirar, nem fazer yoga, meditação ou uma seção de respiração artificial. O ato de respirar é inato. Mas por que então é tão difícil? Imagino que seja porque precisamos estar felizes, tranqüilos, livres, livres do amor que enfeitiça e do desamor que chateia ou mortos, é talvez os mortos respirem assim, talvez por isso não somos imortais para que um dia tenhamos essa sensação do ar puro entrando em nossa alma. Por favor, quero respirar!

http://www.youtube.com/watch?v=Is3pwbkLXwU

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Amor, poesia e autor desconhecidos.....

http://www.youtube.com/watch?v=2Cwe4m5ThY8
A minha inocencia dei-lhe toda a voce...

E com vc descobri meu corpo.

Descobri meu sexo,

Descobri o prazer,

Descobri a paixão,

E depois o amor



A minha inocencia dei-lhe toda a voce

E com vc descobri a mentira,

O pecado,

A incerteza,

A solidão,

A saudade,

A vontade,

A dor.


A minha inocencia dei-lhe toda a você.

Graças a voce,

Hoje conheço a malícia,

Sou mais experiente,

Sou mulher...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

PROVA DE AMOR


Irritada levantou-se da sala em direção ao computador. Afinal, ele transformara-se nos últimos tempos no seu maior confessor. Escutava-a com a maior calma, parecia entender o que se passava dentro de sua alma.Tudo que queria com ele falava, ou melhor, teclava. E como teclava! E o computador não fazia cara de horror. Não lhe colocava freios, nem vinha com reprimenda do tipo "Menina, vê se emenda!".Não aguentava mais tamanha ansiedade. Seria crise de meia-idade? O marido, enclausurado no seu próprio silêncio, não a percebia e, por isso ela se ressentia.Desolada, sentia, muitas vezes, medo de não ter forças para este círculo vicioso desmontar. Rezava, pedia aos santos, fazia de tudo para se acalmar...Quando a situação apertava, até se perguntava: não estaria bancando a adolecente? Será que não estava agindo de forma imprudente?Num determinado momento, achou por bem se acostumar com o que a vida lhe oferecia: tinha um bom marido; que mais queria? Quem sabe seu grande exercício era apreender a levar em banho Maria? Pavio curto, não pode aceitar esta proposta. Sentiu-se agredida.Decidida, e pela milésima vez, chamou o marido para o papo do qual já era freguês. Precissavam passar a limpo a relação. Do jeito que andava não dava mais não. E não é que desta vez ele não recusou! Também andava insatisfeito, a ela retornou.E pela primeira vez realmente conversaram e chegaram a um ponto comum: não conseguiam se entender, isso era fácil de se ver. Ele gostava do silêncio e preferia a solidão, enquanto ela vivia em permanente ebulição. Quando tentavam se comunicar, notavam que o desejo de cada um não conseguiam captar.Com os olhos molhados, rederam-se a triste conclusão: eram muito diferentes, e esta diferença é que causava toda a confusão. Condoídos sabiam que algo precisavam fazer, enquanto amor havia no coração.Ela o amava tanto que resolveu deixá-lo só, no seu canto. Cabisbaixa, levou apenas seu pranto.E ele tanto sabia corresponder a este amor, que a viu sair de sua vida sem nada fazer. Calado, sentiu não ter o direito de vê-la sofrer ao seu lado.Hoje, à distância, sabem que tiveram um gesto de quem ama de verdade. Quem ama não causa ao outro a infelicidade.