terça-feira, 28 de outubro de 2008

SEM SANGUE


Trecho do livro de Alessandro Baricco:

-Éramos soldados.
-O que quer dizer?
-Estávamos lutando numa guerra.
-Qual guerra?, a guerra tinha acabado.
-Não para nós.
-Não para vocês?
-A senhora não sabe de nada.
-Então me diga aquilo que eu não sei.
-Acreditávamos num mundo melhor.
-...
-Já não se podia voltar atrás, quando as pessoas começam a se matar não se volta atrás. Não queríamos chegar aquele ponto, os outros começaram, depois não hove mais nada a fazer.
-O que quer dizer um mundo melhor?
-Um mundo justo, onde os fracos não devem sofrer pala maldade dos outros, onde qualquer um pode ter direito a felicidade.
-E o senhor acreditava nisso?
-Claro que acreditava, nós todos acreditávamos, era possível fazer e ñós sabíamos como.
-...
-E tínhamos lutado por isso, para poder fazer o que era justo.
-Atirando em crianças?
-Sim, se fosse preciso.
-...
-N'ao se pode semear sem antes arar. Primeiro se deve sulcar a terra. Era preciso passar pelo sofrimento entende?
-N'ao.
-Havia uma profus'ao de coisas que deviamos destruir para construir, n'ao tinha outro jeito, devíamos ser capazer de sofrer e impor sofrimento, quem tolerasse mais dor venceria, não se pode sonhar com um mundo melhor e pensar que vão entregá-lo a você só porque você pede, ele jamais cederiam, era preciso lutar e, uma vez que se compreendesse isso, já não fazia diferença se se tratava de velhos ou crianças...E quando parecia demasiado horrendo, tínhamos nosso sonho que nos protegia, sabíamos que , por mais alto fosse o preço, imensa seria a recompensa... um mundo melhor
-Acredita realmente nisso?
-Claro que acredito.
-voces ganharam a guerra. Este lhe parece um mundo melhor?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AMAR, AMOR.... Coisas assim tão familiares.


"...Você achou que tudo isso era de graça? Felicidade não aconterequando você leva a vida assoviando, fingindo que não existem coisas ruins. Não, não diga nada. Eu sei que você acha que isso ocorre nesta casa. Mas você está errada. A felicidade é conquistada, como tudo na vida. É alcançada. O problema é que sua mãe fez tudo parecer fãcil demais. E isso era exatamente o que ela queria."
Trecho do livro "O amor Chegou" de Marisa de los Santos ou trecho da minha vida.

Resposta à vida:

Eu amo a Sra. sônia porque, apesar de ter ficado doente e morrido, ela está mais viva do que nunca. Eu amo as flores do seu quintal e os tesouros do seu armário, porque eram suas plantas e seus tesouros. Eu amo a casa da minha família porque ela é a casa de minha família. Eu amo cíntia, Luiz ferndado, Eliane, Melina e crianças porque é impossível não amá-los. E u amo meu doce pai pela sua firmeza e minha alegre mãe por sua tristeza. Eu amo ... porque porque ele é o melhor homem do mundo que eu conheço e porque meus braços doem quando não o estou abraçando e porque eu sou eu mesma. Eu amo Murilo por ter trazido Maria para a minha vida, e amo Maria porque ela é corajosa, amorosa, carinhosa e inteligente. Ah, como eu amo Maria.

Canta, Maria
A melodia singela
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria

Maria é meu amor
Amor que me faz chorar
Plantei um pé de alecrim
Um pé de alecrim, para perfumar
A nossa linda casinha
Tão simplezinha, que dá gosto olhar

Canta Maria (Ary Barroso)

http://www.youtube.com/watch?v=Oyx2s4OBzXA

A FRONTEIRA DA ALVORADA (2008) FRANÇA


Acho que eu não estava no clima

Não curti.

Triste! Belas fotos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Conversa entre amigos I

Depois de um rodízio de pizza e chopinho com pessoas queridas e mais jovens que nós, estimulantes e cheias de planos...um casal de amigos gentilmente refinados, mais vividos que nós e dispostos a se divertir com nossas besteiras e desequilíbrios! Sem contar os vinhos inacreditáveis com algo de framboesa, quase imperceptível, mas marcante...uauuuuuuuu, já estou me sentindo tonta.
Falar de amigos, famílias, filhos, amores queridos, amores não queridos e o infinito desejo de conquistar a felicidade. Foi uma ótima noite!
Entre as lembranças...dois dos meus queridos...Chico e Neruda
Em "Uma Alegria Para Sempre" postei um dos mais lindos de seus poemas, fiquem à vontade para degustar (http://www.georgiamarcusso.blogspot.com/)
Trocando em Miúdos
Chico Buarque

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim?
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas do amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade

Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde

terça-feira, 21 de outubro de 2008

JUST LIKE HONEY

LOST IN TRANSLATION



Just like honey
The Jesus And Mary Chain

HORIZONTE DISTANTE

Horizonte Distante
Marcelo Camelo

Por onde vou guiar
O olhar que não enxerga mais
Dá-me luz, ó deus do tempo (2x)
Nesse momento menor
Pr'eu saber seu redor

A gente quer ver
Horizonte distante
A gente quer ver
Horizonte distante
Aprumar

Através eu vi
Só o amor é luz
E há de estar daqui
Até alto e amanhã
Quem fica com o tempo
Eu faço dele meu
E não me falta o passo, coração (2x)
Avante
A gente quer ver
Horizonte distante
A gente quer ver
Horizonte distante
Aprumar

Premiação



PRIMEIRO LUGAR: : O médico Luis Eduardo Siqueira, filho de Odilo Antunes de Siqueira, entregou o prêmio para a farmacêutica Giselle Gonçalves
TERCEIRO LUGAR: : O médico Edmilson Longui, superintendente da Unimed, entregou o prêmio para a biomédica Geórgia Daniela Marcusso Marques

O dia do Médico foi comemorado em cerimônia emocionante, sábado, na Casa do Médico. A noite começou com a entrega do 15.o Prêmio Científico “Dr. Odilo Antunes de Siqueira”. O protocolo lembrou da origem deste belíssimo prêmio de incentivo à pesquisa médica, instituído pelo Laboratório Marlene Spir e Sociedade de Medicina, na gestão do presidente Roberto Lotfi Júnior, em 1994, com o apoio da Associação Paulista de Medicina. O prêmio leva o nome do médico Odilo Antunes de Siqueira, que em 1947 fundou o Hospital Nossa Senhora das Graças. Foi deputado estadual entre 1961 e 1964. Presidiu a Sociedade de Medicina por duas vezes, entre os anos 50 e 60. Entre 1969 e 1973 foi presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Faleceu aos 78 anos, em 1991.
Quer saber mais?
http://www.sinomar.com.br/

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Um pontinho no nariz

Rusbrock está enterrado há cinco anos; é desenterrado; seu corpo está intacto e puro (pudera! senão não haveria história); mas" havia apenas um pontinho no nariz que tinha um leve traço de decomposição". Sobre a figura perfeita e quase embalsamada do outro (que tanto me fascina), percebo de repente um ponto de decomposição. É um ponto mínimo: um gesto, uma palavra, um objeto, uma roupa, alguma coisa insólita que surge (que aponta) de uma região de que eu nunca havia suspeitado antes, e devolve bruscamente o objeto amado a um mundo medíocre. Seria o outro vulgar, ele cuja elegância e originalidade eu incensava com devoção? Ei-lo que faz um gesto através do qual se revela nele uma outra raça. Fico alarmado: ouço um contra-ritmo: algo como uma síncope na linda frase do ser amado, o ruído de um rasgo no invólucro liso da imagem. (Como a galinha do jesuíta Kircher, que é tirada da hipnose com um tapinha, estou provisoriamente desfascinado, não sem dor.)

Trecho de FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO de Roland Barthes

Referência a Dostoievski: morte do starets Zózimo: o odor deletério do cadáver (Irmãos Karamazov, II VII, 1)

domingo, 12 de outubro de 2008

Resposta ao Tempo




Reposta ao Tempo
Nana Caymmi


Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento

Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei

Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo

Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei

E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

E essa abstinência uma hora vai passar....




Quanto ao filme "Canções de amor"...Géo vocè foi muito mais rápida do que eu...essa frase eu que iria publicar!!!! Tudo bem...tá aí para nós duas....O que posso acrescentar sobre esse filme é que ele me fez refletir no quanto é difícil ter coragem para assumir as nossas vontades sexuais...e poucos tem...pois é mais facil continuar sendo a mãe honesta e fiel ou uma boa irmã...

Warwick Avenue
Duffy
Composição: Duffy

When I get to Warwick Avenue
Meet me by the entrance of the tube
We can talk things over a little time
Promise me you won't stand by the light

When I get to Warwick Avenue
Please drop the past and be true
DonÂ’t think weÂ’re okay
Just because IÂ’m here
You hurt me bad but I won't shed a tear

IÂ’m leaving you for the last time baby
You think youÂ’re loving,
But you donÂ’t love me
And IÂ’ve been confused
Outta my mind lately
You think youÂ’re loving,
But I want to be free, baby
YouÂ’ve hurt me.

When I get to Warwick Avenue
WeÂ’ll spend an hour but no more than two
Our only chance to speak once more
I showed you the answers, now hereÂ’s the door

When I get to Warwick Avenue
IÂ’ll tell ya baby there weÂ’re through

IÂ’m leaving you for the last time baby
You think youÂ’re loving,
But you donÂ’t love me
IÂ’ve been confused
outta my mind lately
You think youÂ’re loving,
But you donÂ’t love me
I want to be free, baby
YouÂ’ve hurt me.

All the days spent together
I wish for better,
But I didnÂ’t want the train to come
Now itÂ’s departed, IÂ’m broken hearted
Seems like we never started
All those days spent together
When I wished for better
And I didnÂ’t want the train to come.
No, no.

You think youÂ’re loving
But you donÂ’t love me
I want to be free, baby
YouÂ’ve hurt me
You donÂ’t love me
I want to be free
Baby youÂ’ve hurt me

http://br.youtube.com/watch?v=HhZ5-L9znt8

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Não me ame tanto, mas me ame por muito tempo"

Les chansons d'amour

Não costumo assistir musicais no teatro ou cinema.
É um gênero que não me envolve, pra mim é “ennuyeux”! rs... Mas estava determinada a experimentar com outros olhos o charme de Louis Garrel cantarolando as canções de Alex Beaupain, já que para Honoré “est un film populaire avec des chansons et non pas une comédie musicale”. Garrel me envolveu, ao lado de belas mulheres (Clotilde Hesme, Chiara Mastroianni e Ludivine Sagnier) e um garoto (Grégoire Leprince-Ringuet), docemente amáveis.
A liberdade de sentimentos e especialmente a ingenuidade do primeiro amor me comoveram.




Aimer!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Gillete

Tem coisa mais gostosa que ter 17 anos?
Se sentir na montanha russa?
Dividir o chiclete com a melhor amiga?

domingo, 5 de outubro de 2008

Domingo nublado...

Seria mais gostoso ao lado de um amigo(a),
mas com um bom vinho e o Chico na vitrola vou me perder no tempo

Amiga, essa é pra nós



Futuros amantes
(Chico Buarque)

Não se afobe, não, que nada é pra já
O amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário, na posta-restante
Milênios, milênios no ar
E quem sabe, então o Rio será alguma cidade submersa
Os escafandristas virão explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas, sua alma, desvãos
Sábios em vão tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não, que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você