quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Para 2009

Para 2009, talvez tenha aprendido alguma coisinha que me ajude no futuro, não sei, mas o recado que deixo é o seguinte:

Não tenho mais ilusões.
Mas sonhos...muitos!
Sou uma sonhadora.


"SONHOS" de AKIRA KUROSAWA

* Van Gogh para Gi

Prelúdio no. 15 de Chopin

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

E por falar em Lars Von Trier...




Estive pensando em assistir novamente o filme da Bjork, depois de lembrar, com uma pessoa muito especial, o quanto essa história nos afeta até levar aos soluços, mas pensei e começei a sentir náuseas.

Por recomendação de um "senhor amigo" com quem divido minhas neuras, problemas e tudo que possa me fazer mal ou bem demais, fiquei de assistir Dogville, do qual lembro algumas cenas e um tanto da história, mas não consegui; achei a lembrança o suficiente pra surtir o efeito desejado sem que eu ficasse mal.

Só agora me lembrei, que uns 10 anos atrás, assisti na Mostra de Cinema Os Idiotas (Idioterne), que tinha a ver com um movimento, o Dogma95.

Na época é claro que quase vomitei.
Ahã...ahã...ahã... pode rir G. rs.......

e daí?

Alguém me sugere um filme do Lars que tire essa sensação de dentro do meu estômago???

domingo, 28 de dezembro de 2008

DRIVE

Sem medo de ser...sem medo de ser... sem medo de ser feliz!



Drive
(the Cars cover/Ziggy Marley)

Who's gonna tell you when
it's too late
who's gonna tell you things
aren't so great
you can't go on
thinking nothing's wrong
who's gonna drive you home tonight
Who's gonna pick you up
when you fall
who's gonna hang it up
when you call
who's gonna pay attention
to your dreams
who's gonna plug their ears
when you scream
You can't go on
thinking nothing's wrong
who's gonna drive you home tonight
Who's gonna hold you down
when you shake
who's gonna come around
when you break

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Vai Saber?



Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se pôr

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Vai saber?
Vai saber?

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais...

Adriana Calcanhotto por Marisa Monte


Valeu mais uma vez amiga por esse CD!

To viciada!!!






No Presépio

Minha alma debate-se, tentada à tristeza e seus requintes. Meu pai morto não vai repetir este ano: "Nada como um frango com arroz depois da missa". Minha irmã chora porque seu marido é amarradinho com dinheiro e ela queria muito comprar uns festões, uns presentinhos mais regalados, ô vida, e ele acha tudo bobagem e só quer saber de encher a geladeira com mortadela e cerveja. Talvez, por isto, ou porque me achei velha demais no espelho da loja, sinto dificuldades em ajudar Corália. Queria muito chorar, deveras estou chorando, às vésperas do nascimento do Senhor, eu que estremeço recém-nascidos. Estou achando o mundo triste, querendo pai e mãe, eu também. Corália disse: você é tão criativa! E sou mesmo, poderia inventar agora um sofrimento tão insuportável que murcharia tudo à minha volta. Mas não quero. E ainda que quisesse, por destino, não posso. Este musgo entre as pedras não consente, é muito verde. E esta areia. São bonitos demais! À meia-noite o Menino vem, à meia-noite em ponto. Forro o cocho de palha. Ele vem, as coisas sabem, pois estão pulsando, os carneiros de gesso, a estrela de purpurina, a lagoa feita de espelhos. Vou fazer as guirlandas para Corália enfeitar sua loja. A radiação da "luz que não fere os olhos" abre caminho entre escombros, avança imperceptível e os brutos, até os brutos, banhados. Desfoco um pouco o olhar e lá está o halo, a expectante claridade, em Corália, em Joana com seu marido e em mim, também em mim que escolho beber o vinho da alegria, porque deste lugar, onde "o leão come a palha com o boi", esta certeza me toma: "um menino pequeno nos conduzirá".

Adélia Prado
Texto extraído do livro Filandras, Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, p 111.

A Família de Tarsila do Amaral

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Simplesmente Maysa


Ver postagem de 21 de julh de 2008 http://nossoclubedolivro.blogspot.com/2008/07/maysa.html

Nem acredito que teremos uma minissérie sobre essa cantora que eu admiro há tanto tempo!


A história musical dessa edição do MPB Especias é de uma pessoa que veio da alta sociedade e abandonou tudo para se entregar de alma no ofício de cantar: Maysa Figueira Monjardim Matarazzo, ou simplesmente Maysa. Filha de tradicional família capixaba, nasceu em São Paulo em 1936 e já aos 12 anos de idade compôs sua primeira música, um samba-canção intitulado Adeus. Aos 18 anos, casou-se com um dos descendentes do milionário Matarazzo, unindo dois renomados e aristocráticos sobrenomes.
Devidamente autorizada pelo marido, entrou em estúdio pela primeira vez, mas não imaginava que a gravação seria um sucesso absoluto e que a sua carreira artística seria precocemente deflagrada, para desgosto da família Matarazzo.
A partir de 1957, passou a ter o seu próprio programa na TV Record em cadeia de rádio e televisão. Amargurada com o término de seu casamento, foi morar no Rio de Janeiro, incentivado pelo novo companheiro, Ronaldo Bôscoli, de onde reinou soberanamente cercada de fãs como Vinicius de Moraes, Tom Jobim e todo o movimento bossanovista ao qual também aderiu.
Em 22 de janeiro de 1977, faleceu num trágico acidente ao volante do automóvel, na ponte Rio-Niterói, quando se dirigia à capital Fluminense.

MAYSA para minha amiga G.! Demais!

Demais
Maysa

Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada
Não serve pra nada
Andar por aí
Bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que eu conto anedotas demais
Que eu não largo o cigarro
E dirijo o meu carro
Correndo, chegando, no mesmo lugar

Ninguém sabe é que isso acontece porque
Vou passar toda a vida esquecendo você
E a razão por que vivo esses dias banais
É porque ando triste, ando triste demais

E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida
Agitada demais
É porque meu amor por você é imenso demais

domingo, 21 de dezembro de 2008

NA PRAIA...

Trecho do livro de Ian McEwan...

...Às vezes, chegava a uma bifurcação do caminho no fundo de um bosque de faias e pensava inutilmente que devea ter sido bem ali que ela fizera uma pausa para consultar o mapa naquela manhã de agosto, e ele a imaginava vívida, a pouco mais de um metro dele, fazia 40 anos, decidida a encontrá-lo. Ou então ele fazia uma pausa diante da vista do vale de Stonor e sepergutava se não teria sido ali que ela havia parado para comer sua laranja. Afinal, ele podia admitir para si mesmo que nunca encontrara ninguém a quem tivesse amado tanto quanto a amara, que nunca achará ninguém, homem ou mulher, que lhe igualasse em sinceridade (...)Não queria ver a fotografia dela e descobrir o trabalho dos anos, ou ouvir detalhes sobre sua vida. Preferia preservá-la do jeito que ela estava em sua memória (...)Quando pensava nela, parecia-lhe surpreendente que tivesse deixado aquela garota ir embora...Tudo aquilo que ela precisava era da certeza do amor dele, e da sa garantia de que não havia pressa, pois tinham a vida pela frente. Amor e paciência - se pelo menos tivesse conhecido ambos ao mesmo tempo - certamente os teriam ajudado a vencer as dificuldades..`. É assim que todo o curso de uma vida pode ser desviado - por não se fazer nada. Na prais de Chelsil, ele poderia ter gritado o nome de Florence, poderia ter ido atrás dela. Ele não sabia, ou não teria querido saber, que enquanto ela fugia, certa na sua dor de que o estava perdendo, nunca o amara tanto, ou mais desesperadamente , e que o som da voz dele teria sido seu resgate, e que ela teria voltado atrás. Em vez disso, ele permaneceu num silêncio frio e honrado, na penumbra do verão, a observá-la em sua precipitação ao longo da orla, o som do seu avanço difícil perdendo-se entre os das pequenas ondas a quebrar na praia, até ela ser apenas um ponto borrado, desaparecendo na estrada estreita e infinita de sixos brilhando sob a luz pálida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ESSA ABSTINÈNCIA UMA HORA VAI PASSAR...

Agora sei que a nosso estória só existiu por causa da minha vontade para que ela existisse... Por causa do meu amor.
Pois a partir do momento em que cansei... Desisti de nós...A nossa estória chegou ao seu fim sem o happy and dos contos.
Agora sei que o amor, o desejo, a vontade eram apenas o meu bem precioso. Só meu... E para você isso tudo não passou de uma descontração ou diversão a mais na sua vida.
Tudo bem... A dor, o vazio que ficou uma hora vai passar e eu vou guardar as lembranças que pra mim serão sempre preciosas enquanto você ficará com apenas uma lembraça a mais...se caso você ainda lembrar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Estórias de nós dois...

Por muito tempo eu desejei me interessar por alguém. Era angustiante não ter
ninguém para direcionar toda minha necessidade de amar, os meus desejos, o meu
afeto. Olhava todos com olhos de descrença. Ninguém me “enchia” os olhos. E
todas as noites, antes de dormir, eu repetia como um mantra: eu preciso de
alguém! Alguém que tenha a íris reluzente, que me desperte interesse, que me
faça ter vontade de lutar por ele. Alguém com defeitos suportáveis, que me
encante pela simplicidade e delicadeza. Que me tire o fôlego! Então tudo começou, só que, não começou quando eu encontrei esse alguém, e sim quando esse alguém me encontrou.
Lembro-me da primeira vez que olhei para o brilho dos seus olhos encantadores e enfeitiçantes a olhar para mim, de uma forma que eu jamais pudesse imaginar que um dia alguém pudesse. Lembro também de tê-los comparado a um farol, ou a uma estrela, talvez até ao sol. E a imagem desse seu olhar permaneceu por vários dias em meus sonhos mesmo quando já não estava mais a dormir. Mas logo depois daquela nossa noite, a noite em que o mundo foi nosso, mas que deveria ter sido única, percebi que seus olhos eram na verdade um buraco negro, poço sem fundo do qual não conseguiria me desprender. Não sei se pela profundidade abismal ou pelos encantos escondidos nele. Só sei que o seu olhar que me sugou, afligiu e encantou, misturando minha necessidade de ir embora à vontade de mergulhar mais e mais em ti, dissecando cada entranha e expondo todos seus segredos mais obscuros; te conhecendo, me aproximando, tornando-me inerente a você e amando como ninguém jamais suportou te amar.
Então depois daquele dia vi a minha paz ir embora, pra bem longe de mim. Até então eu não sabia o preço dos meus anseios. Desejei todos os dias não somente seu corpo, mas também a sua alma, companhia, seu sorriso, seus olhos, timbre, pele, calor. Pensar em você fazia me arder por inteiro, nos pequenos gestos, nos bobos risos, no falar, no andar, no all star, no jeito. Ah se eu pudesse te tomar pra mim, fazer eterno alguns momentos, mesmo que
poucos. Sentir seu cheiro, impregnar-me dele por completo e experimentar seu
gosto de forma plena e satisfatória. Por vezes me peguei em desvarios imaginando as delícias ocultas dos seus lábios tentadores, que desenham perfeitamente cada palavra que será dita.
E teus olhos, ah novamente estes olhos, incógnita maior em ti. Encarei indiscretamente tua
íris, tua pupila, procurei ali debaixo do brilho intenso quem és tu. Ora via o
medo, ora veia a força. E às vezes não veia nada, porque me perdia nestes olhos
que se apertam como que mirando sempre um distante horizonte. Adoro nossas conversas, seu jeito simples, seu vocabulário. Até que chegou o dia que parei e lutar para manter recôndito esse sentimento. Se sentir isso por ti fosse questão de escolha, talvez eu escolhesse não sentir. Ou não. Eu tento me distrair: leio, ouço música, converso, olho o céu todas as noites, vejo filmes idiotas e faço toda sorte de futilidades possíveis, mas tem sido difícil
esquecer-te. Em todo lugar, eu tudo que eu faça, em tudo que eu pense e até na
tentativa de não pensar eu encontro você. Dentro. Fora. Sempre.
Foi quase que de repente que percebi: o quanto que te amava. Apesar de tão óbvio não queria reconhecer. Em vão busquei outra palavra qualquer que traduzisse esse sentimento tão reconfortante e ao mesmo tempo angustiante. De nada adiantou eu me distrair em outros braços, sentir outros gostos e experimentar outros perfumes enquanto eu sabia que o aquilo que me satisfaria viria de você.
Fiquei totalmente entregue, nem a distancia fazia com que eu lhe esquecesse. Isso porque ver sem te ver era imaginar, o que poderia acontecer, era acreditar que o impossível poderia ser possível, era sonhar mesmo estando acordada. Eu te queria, te queria, mesmo sabendo que este era um sentimento delicadamente perecível. Às vezes perdia horas e horas tentando entender os seus sentimento e me iludia com algum dos seus dizeres, cheguei a pensar que os sentimentos fossem recíprocos, mas foi só ate aquele dia, naquele castelo de contos de fadas, na janela com portas abertas deixando passar por entre elas a vista daquele céu unido ao mar, uma verdadeira obra de arte da natureza, foi ali que ouvi você me dizer da impossibilidade do meu ou do nosso sentimento e do provável futuro, futuro este que agora se faz presente.
Então recomeçam as tentativas para esquecer-lhe: trabalho, amigos, álcool, veneno, drogas, anestesias, poesia, música e filmes. Nada. Tudo em vão. Vem outra tentativa, a de transformação, baseada no conhecimento popular de que nada se cria, nada se apaga, se esquece, mas tudo se transforma, amor da troca para o amor que não quer ou não espera nada em troca, em um amor de amigo. Mas a falsa amizade não resiste ao próximo encontro, esqueço e novamente me entrego. Mas no final desta temporada peço desculpa, se caso você me ache estranha, mas digo que preciso ir. E dou uma desculpa tola: “ eu vou porque nós estamos muito bem assim juntos, nos gostamos tanto, nos curtimos tanto e a noite passada foi com certeza inesquecível. E eu não quero cometer o pecado do amor desgastado, da relação esgotada. Quero você assim na minha lembrança: sorrindo, alegre, doce e ainda com ares de perfeição. Vou agora porque desejo nunca perder a hora de partir, nunca perder esse bom senso de saber que todo auge precede o declínio, e que é melhor partir enquanto está sorrindo do que quando se está chorando. E não me peça pra ficar, não é um tempo que eu estou te pedindo, eu estou dando “tchau” mesmo. É melhor pra nós dois. Deixaremos imortalizados na lembrança os risos, os olhares os cheiros… serão boas memórias. Não me diga esse “adeus” expelindo raiva. Só estou indo embora porque gosto de você, não quero para nós mágoas de cotidiano extenuado. Boa sorte em tudo! Te gosto, um beijo!” Você orgulhoso não implora para que eu fique, tão menos chora. Até acho que você vai sentir saudade que a idéia de minha ausência lhe doa, mas você não faz drama escarcéu teatro dramalhão, a minha ausência vai lhe render no máximo um apego maior a qualquer coisa que lhe distraia, nunca lágrimas de dor.
Passado pouco tempo eu voltava, ah! Quando voltava, você me recebia de braços abertos e sorriso nos lábios, e nunca deixou que o tempo enquanto estivemos distante tirasse de nós a intimidade construída pela intensidade do nosso curto mas intenso conviver . E tão natural que você quisesse todos os porquês, todas as desculpas que eu fosse capaz de inventar e todas as verdades que já não podia mais suportar escondidas no meu coração. Mas infelizmente pareceu não querer, não se importar, não me deixou se quer lhe dizer os motivos que me torturavam a ponto de desistir de você, de nós. Apenas aceitava-me. Recebia-me. E talvez esperasse até o dia em que de novo eu lhe diria adeus e de novo você sorriria acenando-me um “vá com Deus”. Agora, mais uma vez tentando ficar longe de você, percebo que o seu riso nunca fora de condolência, de conformismo ou de boa sorte. Seu riso sempre foi sarcasmo, de ironia. Ria porque sabia que sempre voltaria, que de você sou dependente e meu caminho nunca será venturoso sem sua presença. Ria porque achava graça de quem se despede mesmo sabendo que de você é impossível partir para sempre.
É com a mistura de estranheza e certa felicidade que reconheço que sempre volto e sempre voltarei para ti. Nem é por querer, é por necessidade que sempre me verei presa em tuas teias. Porque tu és minha poesia, talvez a minha maior inspiração. Não a única, porque a vida é muito grande e há muitas pessoas especiais com quem cruzamos caminho, conhecemos e vez ou outra nos inspiram e tornam-se merecedoras de nossas palavras, sejam as palavras faladas diretas ou as escritas oblíquas. Mas, na minha poesia, és tu o meu verso mais expressivo e intensos, as dores mais doloridas e as alegrias mais irradiantes. Pois foi em ti que descobri a própria poesia, com toda tua métrica, tua rima, teus encantos e teu veneno. — Se é que existe diferença entre o encanto e o veneno. — Outra coisa que eu gostaria de dizer é que, apesar de já ter escrito pensando em ti incontáveis vezes, é sempre caminho desconhecido dedicar palavras à tua intenção. É como se cada vez fosse a primeira, um pulsar de inspiração, uma virgindade de idéias. E fico assim, sem saber se estou no início ou no meio. E nunca, nunca consigo dar um fim.
Hoje, estou aqui mais uma vez tentando lhe esquecer e vejo-te agora de longe. Mero espectador de sua vida. Ás vezes até me repreendo por flagrar-me em horas que se passam enquanto penso em você, quando penso em nós, em como seria, em tudo que poderia ter sido. São horas que passam mansas, passam como sonhos que temos enquanto dormimos, mas o acordar sempre interrompe a utopia construída pelos desejos. Retorno pra realidade e imagino-te rindo com outras pessoas, bebendo em diferentes copos e comentando aqueles mesmos filmes, nossos filmes, nossos assuntos, nossas similaridades. Sinto ciúmes por isso, mas ciúme algum é maior ao aperto que sinto no peito ao saber que agora você se acalanta em outro colo. E o que ficou pra nós dois? Recordações e nada mais…

Prólogo:
Tenho tanta saudade dos seus olhos… Tanta vontade do seu sorriso que
mescla a inocência e a malícia de forma indescritível, que minha vontade é te
encontrar assim por acaso no meio da rua — pra ser mais cinematográfico — e
correr em direção ao seu encontro e te abraçar e abraçar e abraçar de modo
assim displicente, e sob todos os olhares te dizer que te amo e te quero pra
sempre em minha vida e que a distância que eu mesmo causei nada vai adiantar
porque te esquecer é impossível e sonhei com você na noite passada e acordei
arrepiado com o realismo do sonho e que pensei em você o dia inteiro e fico
assim sorrindo só te imaginando e me lembrando dos seus olhos, ah estes olhos…
como me prendem, como me perco…Hoje sou só saudades e redundâncias.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

FESTA!!!


Marquinhos na churrasqueira,
Matheus como professor de forró, ou tocando seu violão,
Márcio nervoso só porque seu amigo oculto era o Chefe,
Cassiano dançando forró,
Rafael appuntamente,
Eliana treinando para ser garçonete,
Alex falando de NKT, papers, blablablaá...,
Marina se acostumando com esse grupo lelé,
Flávia desfilando,
Ana dançando forro com o Matheus enquanto todos os olham torcendo para que algo mais aconteça,
Dr. Álvaro atrasado,
Bruna também namorando,
Amanda se enturmando,
Paty treinando para ser uma futura mamãe,
Reinaldo dançando surpreendentemente bem!!!,
Ana Bia paquerando Marcos,
Maria Clara pegando no meu pé,
Niels feliz com seu grupo em harmonia,
Geó fotografando tudinho feliz da vida!!!,
Eu dançando, cantando e pra variar rindo muito!!!!

TODOS CANTANDO AO SON DO VIOLÃO DO MATHEUS...

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre
Sempre acaba...

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

Música Por Enquanto

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pedaço do céu

Pedaço do céu
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !

Vinícius de Moraes

Parabéns minha querida amiga, irmã de tempos difíceis e de tempos muito, muito felizes!
A melhor doutora do LICE!
Até nossa nota foi a mesma, como não poderia deixar de ser
10 com louvor!
Graças à Deus!

BOM TEMPO

BOM TEMPO
Chico Buarque (Brazil) - 1968


Um marinheiro me contou
Que a boa brisa lhe soprou
Que vem aí bom tempo
O pescador me confirmou
Que o passarinho lhe cantou
Que vem aí bom tempo

Do duro toda semana
Senão pegunte à Joana
Que não me deixa mentir
Mas, finalmente é domingo
Naturalmente, me vingo
Eu vou me espalhar por aí

No compasso do samba
Eu disfarço o cansaço
Joana debaixo do braço
Carregadinha de amor
Vou que vou
Pela estrada que dá numa praia dourada
Que dá num tal de fazer nada
Como a natureza mandou
Vou
Satisfeito, a alegria batendo no peito
O radinho contando direito
A vitória do meu tricolor (Aí não! É O VERDÃO)
Vou que vou
Lá no alto
O sol quente me leva num salto
Pro lado contrário do asfalto
Pro lado contrário da dor

Um marinheiro me contou
Que a boa brisa lhe soprou
Que vem aí bom tempo
Um pescador me confirmou]
Que um passarinho lhe cantou
Que vem aí bom tempo
Ando cansado da lida
Preocupada, corrida, surrada, batida
Dos dias meus
Mas uma vez na vida
Eu vou viver a vida
Que eu pedi a Deus

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Eu só sou uma loira burra!!! Graças a Deus!




Nesse mundo onde o que mais conta é a aparência física e mental (pseudo-intelectual). Por isso além de silicones por todo o corpo, o estica aqui, ali e ali, as pessoas estão sendo obrigadas a lerem os livros certos (auto-ajuda nem pensar!), ouvirem apenas as “boas músicas”, a assistiram apenas filmes Cult (mesmo que não entendam absolutamente nada!!!), TV? Até que pode se for um canal pago, nada de canal aberto. Com todas essas obrigações eu me pergunto onde é que fica as diferenças, a individualidade?... Oras as diferenças nos ensinam... A respeitar o próximo.... A amá-lo apesar disso e daquilo....A gostar de uma música, tipos de filmes, livros, que até então não dávamos a mínima, ampliando assim o horizonte...Regras....Regras...E mais regras... A vida está assim! Cheia delas... Não nos deixam ser criativos num mundo onde justamente o uso da criatividade é a melhor saída para os problemas...É por isso e por outras que penso que é melhor ser burra do que inteligente, pois a “burrice” nos dá mais liberdade... Posso ler , assistir, ouvir o que bem quiser!! E a incapacidade de seguir as regras, me levam a poder... algo mais...Ter livros de todo o tipo: auto-ajuda, romances, poesias, infantis, riscados, espalhados por toda parte ou amontoados no canto da sala ao invés de expostos numa linda estante ... A ir ao cinema e assistir uma sessão da tarde só para relaxar... A ouvir ou dançar funk sem o menor problema.... E dar muitas risadas...Mesmo não sendo geneticamente loura, então seria melhor dizer “sou uma loura burra graças a Deus e a oxigenada vol. 40!!!

SENTIMENTO DELICADAMENTE PERECÍVEL






Sei de cada detalhe em você, conheço cada centímetro de sua pele e é seu timbre que me soa familiar, como se o ouvisse desde quando eu nasci, me acalentando, me embalando por entre folhas do calendário que se passam ligeiras, mas intensas. Sei também a textura do seu cabelo, o seu cheiro doce e seu ritmo ao falar coisas do cotidiano tão banais. Sei dos arrepios quando fala meu nome, sei do calor que tem suas mãos e do bucolismo que reside em seu sorriso. Sei, ainda, que é um encanto efêmero para mim, e irá tão rápido quanto me veio, mas me trouxe novos ventos e junto deles todo o lirismo, as rimas, os olhos incandescentes e os desvarios irracionais. Sei que poderia dizer que te amo e te quero com naturalidade, mesmo sabendo que é um sentimento delicadamente perecível.


Darlan

domingo, 7 de dezembro de 2008

O SEU AMOR É UMA MENTIRA QUE A MINHA VAIDADE QUER




Domingo, dia ensolarada porém preguiçoso...antes mesmo de levantar já pensei em você de diversas maneiras... Tento me distrair e esquecer com diversos artifícios...músicas (mas todas me fazem lembrar alguma coisa de nós dois); livro : não me concentro, faço uma leitura superficial tenho que ler duas vezes o mesmo parágrafo; filme fatal, escolha das mais erradas fazendo –me sair do cinema com um lágrima prestes a cair... De tarde penso em ligar pra gente contar estórias e rir de bobeiras, passar horas ao telefone e nem perceber, mas aquele medo de atrapalhar o decorrer de sua vida me assombra, então desisto...Então toca o meu telefone e ouso sua voz, meu coração dispara não sei se pela surpresa ou pela alegria de ouvi-lo... A vontade é de passar horas ao telefone e nem perceber...ouvindo essa sua voz doce e arrastada, lembrando do seu sorriso e de como você é divertido. Tenho por várias vezes a vontade de lhe dizer que te amo, mas hesito, porque eu sempre achei “eu te amo” forte demais para ser dito a esmo... então dou aquela risada, sinal do meu nervosismo. Começamos então a falar de filmes e música, fugindo do assunto “nós”. Você me fala daquela música do Zeca, então lhe peço pra cantar um trechinho pra mim. Você, um pouco envergonhado, sorri, mas canta uns versinhos... Eu dou novamente aquela mesma risada nervosa e digo que você até que é afinadinho. Daí falo que tenho que desligar , afinal de contas é domingo, e eu gosto de sair aos domingos. Não que eu queira realmente desligar, poderia ficar conversando até o amanhecer de segunda, mas é que preciso falar que vou sair com amigas, é só uma maneira indireta de dizer “veja só como estou bem mesmo sem você, vou aproveitar o meu domingo”. Você diz que “tudo bem”, então eu digo “tchau” e mando um beijo, você manda outro e desliga sem rodeios. Fico um momento parada a olhar para o telefone, meio que com raiva por você não ter dito “não desliga agora não, vamos conversar mais um pouco” ou qualquer coisa do gênero. Ainda segurando o telefone e ouvindo o “Tum Tum Tum” irritante na linha, penso em discar seu número e perguntar se a saudade é recíproca. Mas não. Respiro fundo, endureço o queixo e esboço um sorriso triste e digo a mim: te amo, mas não te necessito.

sábado, 6 de dezembro de 2008

We are lousing touch...




Para um dia quando você partir


Quando chegar o dia de nos despedirmos de vez, ou talvez o dia que percebamos
uma distância crescida, quero que saibas que foi em mim um florescer sutil e
belo. Eu descobri a beleza que reside também nos traidores, senti saudades
instantâneas, daquelas que sentimos imediatamente após o “até logo”.
Experimentei mais uma vez essa coisa de não saber o que pensar e nem encontrar
palavras para escrever, porque tudo parece ser encantamento, e ficamos assim
leigos do mundo, tomados por desvarios enquanto o dia se consome. Quando
partires, saiba que foi amor, dos mais verdadeiros.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

PEDACINHO DO CÉU...



Hoje, eu voltando do trabalho e Maria voltando da escola ela me faz uma pergunta...ou melhor, ela fez uma afirmação..."MÃE NÓS MORAMOS NO CÉU... é! porque nós moramos no Planeta e o planeta fica no meio do céu"...è tão óbvio...tão certo, simples e fácil que eu não fui capaz de entender... QUE TODOS JÁ ESTAMOS (no tão buscado) CÉU...Precisei de uma menininha de 4 anos vir me dizer para eu perceber esse céu em volta de mim....de nós...

Hoje eu fiz o meu dia!

Pôr do sol em Porto Velho na beira do gigante Madeira


Como uma mulher de 34 anos, corajosa e responsável por sua única riqueza, e infinitamente maior do que tudo, eu tive coragem e fiz meu dia, e será assim, um de cada vez...
O dia está na minha frente esperando pra ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

Obrigada a todos que torcem por nós!

Georgia Daniela






quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Hoje

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Charles Chaplin

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

THE OSCAR GO TO....




Fiz uma festa do oscar 2008 da minha vida.... E ele vai para....

Melhor música
Canta Maria
Ary Barroso...Velha mais descoberta recente na voz de Fernanda Takai...Eu e Maria costumamos canta-la juntas enquanto montamos quebra-cabeça!!!


Melhor CD:
Duffy – Rockerry

Melhor filme:
Angel de François Ozon.... Tenho no meu quarto the picture...

Melhor peça:
Pequeno poema infinito de Garcia Lorca...
Comprei até livros para saber mais sobre esse poeta... aquela noite sai leve e flutuando!!!

Melhor livro:
Eu receberia as piores notícias dos seus lindo lábios de Marçal Aquino
empatado com As Meninas de Lygia Fagundes Telles.

Melhor show:
Ney Matogrosso, principalmente quando fomos embora e passamos, sem exagero, 10X por aquela ponte!!! Ainda bem que era panorâmica, ou o mais novo cartão postal de Sampa!!!!

Melhor programa:
Bloco do Rio “gigantes da lira” inesquecível... me senti de volta aos anos em que ainda não vivia, portanto sei lá, talvez 70, 60, 50.....

Maior felicidade:
A volta da Maria para casa....

Melhor amor:
Continua sendo o mesmo... Maria

Melhor paixão:
"o mesmo"....Ano que espero que isso mude!!!!

Melhor sexo:
ahahã...
Isso só eu preciso saber!!!!

Satisfação:
Bolsa de pós-doc antes de terminar o doutorado... Bem antes de terminar o prazo do fim de doutordo!!!!

Melhor descoberta do ano:
A paz!!!

Maior erro:
Deixar entrar na minha vida gente desnecessária....

Maior prazer:
Ficar em casa...de volta ao lar...com meu amor...minha princesa....

Melhor comida:
Aquela que foi feita especialmente para mim... atum...manga....manteiga...e uma plantinha...acho que era aneto....ah, e o limão...acho que era siciliano ....

Melhor bebida:
Vinho de sobremesa, e a sobremesa era sorvete de creme!!!!

domingo, 30 de novembro de 2008

Quero ser uma eterna criança!!!!!


Depois de: Neve de Orhan Pamuk; O Livreiro de Cabul de Asne Seierdtad; O caçador de pipas de Khaled hosseini; As Gémeas de Tessa de Looç; e até depois de Fernando Baricco que após o seu inesquecível Seda escreveu Sem Sangue, jurei a mim mesma que não iria ler mais nada de romances relacionados a guerra... Isso porque sem a importância de uma guerra atual do tipo Iraque vs. EUA ou de uma guerra passada a tempos atrás como Alemanha vs. Mundo, a estória (ou história) se repete...Sempre triste... Para ambos os lados... Mas num outro dia... Sem muito o que fazer... Vou até a livraria... Como diz a minha filha: “Só para ver, sem comprar nada, pois hoje não é nem aniversário, nem natal nem dia das crianças”...e vejo o livro tão comentado de Jonh Boyne... Comentado por sua estória e por ser o mais novo livro transformando em filme, o qual fez parte da Mostra de cinema de Sampa deste ano.... O livro com um nome um pouco infantil: “O menino de pijama listrado” fez com que eu o pegasse, uma porque eu adoro pijama (segundo um amigo meu a lembrança que ele tem da minha pessoa é uma menina de pijama...)e doiss porque eu tenho uma criança e estava com ela....Ah, e como ela me faz lembrar de como eu era quando criança....Li a orelha do livro... não me deu nenhuma informação a respeito... Apesar de saber que a estória era relacionada com a guerra... A falta de informação da orelha fez com que despertasse a minha curiosidade... Sentei ao lado da minha Maria que a essa altura já estava mergulhada numa pilha de livros de contos de fadas, de princesas, etc (eram muitos mesmos!) e comecei a ler o primeiro capítulo....Quando me dei conta duas horas já haviam passado e eu já me encontrava na metade do livro... Emocionada com a inocência dos nove anos e com os seus instintos para separar o certo do errado mesmo sem a experiência dos adultos... Deu-me tanta saudade da minha infância!!!... Peguei me olhando para minha filha com os olhos cheios de lágrima e orgulho de sua inocência... Quis abraçá-la para que ela nunca mais crescesse... Nem um único centímetro a mais... Nem preciso dizer que comprei o livro e para o bem da minha consciência comprei um para minha Maria também mesmo não sendo Natal, dia das crianças ou seu adversário e fomos para casa felizes....

PS: Terminei de ler o livro no mesmo dia....e apesar de contradizer a minha decisão de não ler mais romances sobre a guerra, esse foi muito especial... Agora espero a estréia do filme para ver se será tão bom quanto o livro!!!

Se a Rua Fosse Minha
Temas Infantis
Composição: Indisponível

Se essa rua se essa rua fosse minha
Eu mandava eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes
Para o meu para o meu amor passar

Nesta rua nesta rua tem um bosque
Que se chama que se chama solidão
Dentro dele dentro dele mora um anjo
Que roubou que roubou meu coração

Se roubei se roubei teu coração
Tu roubaste tu roubaste o meu também
Se roubei se roubei teu coração
É porque, só porque te quero bem.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mais uma vez...Os sonhos não envelhecem!


Clube da Esquina ll

Milton Nascimento / Lô Borges

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço
Aço, aço, aço, aço, aço, aço

Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos

E lá se vai mais um dia

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio

E lá se vai...

E lá se vai...

E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente
Gente, gente, gente, gente, gente

Não canso de ouvir essa canção
quando estou zen,
quando estou feliz,
quando estou agitada,
quando estou apaixonada,
quando estou desiludida,
quando estou sonhando,
quando estou com saudades,
quando estou ...triste.
E lá se vai mais um diaaaa!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"CLOSER - Perto demais"

En su búsqueda encontró Gi crónica Martha Medeiros y me permitió publicar en nuestro club en mi nombre. Gracias amiga!
"CLOSER - Perto demais"

... me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso. Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas - sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade.

Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é.

Mas também, vá saber, pode ser amor.

MARTHA MEDEIROS, em 20/02/2005 (jornal O Globo)

domingo, 23 de novembro de 2008

Agimos certo sem querer. Foi só o tempo que errou...


A minha próxima vida
Woody Allen
Na minha próxima vida quero vivê-la de trás p'ra frente. Começar morto para
despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e ir-me
sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado
saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo
um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar por 40 anos, cada vez mais
desenvolto e saudável até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade,
embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo, e depois estar pronto
para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar,
sem responsabilidades. Aí viro um bebê inocente até nascer. Por fim, passo 9
meses flutuando num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quarto a
disposição e espaço maior dia a dia, e depois - Voilà! - desapareço num
orgasmo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Ouvi tanto que não sai mais da minha cabeça

Obrigada Gi, ouço sempre esse seu presente.

More than this... pra sempre



Que tal?

LOST IN TRANSLATION (MORE THAN THIS)


Sábado nublado...
Acordo com um beijo carinhoso...
Faço um café para nós...
Coloco um CD...
O primeiro que encontro...
Nora Jones....
More than this, é a musica...
Inevitável não lembrar de um dos filmes favoritos da Geó...
Lost in translation

More Than This
Norah Jones
Composição: Indisponível

I could feel at the time
There was no way of knowing
Fallen leaves in the night
Who can say where they´re blowing
As free as the wind
And hopefully learning
Why the sea on the tide
Has no way of turning

More than this
There is nothing
Oh more than this
You tell me one thing
More than this
You know there's nothing

It was fun for a while
There was no way of knowing
Like a dream in the night
Who can say where we´re going
No care in the world
And maybe I´m learning
Why the sea on the tide
It has no way of turning

More than this
You know there is nothing
Oh more than this
You tell me one thing
More than this
There is nothing
Nothing

More than this
You know there is nothing
Much more than this
You tell me one thing
More than this
There is nothing
More than

Estamos sempre nos encontrando e desencontrando....
Ou esperando por um próximo encontro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SEGUNDA DIFERENTE

Segunda-feira
+
Chuva torrencial
+
1h45min pra atravessar a cidade
+
desemprego em massa
+
(n) currículos enviados
+
2 ligações muito generosas pra que eu assuma 2 empregos
(não importa(va) o detalhe... em Porto Velho)
+ 2,00 reais no fundo da bolsa
=

COMENTS:

Umas 10 mulheres de 75 anos ou mais em caravana de bengalas, um mentiroso (na fila falava que estava indo para o escritório), uns 4 adolescentes que eu pacientemente chutei o banco pra calarem a boquinha e eu. Na sessão das três, pagando o maior pau pro baiano mais...........que delícia! e a Letícia que é uma boneca é claro, mas o Hamlet... quer dizer Tristão... nem sei estou confusa rs...

mais tarde falo do filme, ok?

THE KISS PART II


Sera que o vento levou?

This Kiss
Faith Hill
Composição: Indisponível

I don't want another heartbreak,
I don't need another turn to cry.
No, I don't want to learn the hard way
Baby,'Hello.' Oh no, 'Goodbye.'
But you got me like a rocket shootin' straight across the sky.

It's the way you love me,
It's a feelin' like this.
It's centrifugal motion,
it's perpetual bliss.
It's that pivotal moment.
It's 'Ah, impossible.'
This kiss, this kiss.
Unstoppable.
This kiss, this kiss.

Cinderella said to Snow White
'How does love get so off course?
Oh, all I wanted was a white knight with a good heart,
soft touch, fast horse.'
Ride me off into the sunset, baby I'm forever yours.

It's the way you love me,
it's a feelin' like this.
It's centrifugal motion,
it's perpetual bliss.
It's that pivotal moment.
It's 'Ah, unthinkable.'
This kiss, this kiss.
Unsinkable.
This kiss, this kiss.

You can kiss me in the moonlight on a rooftop under the sky.
Oh, you can kiss me with the windows open while the rain comesprouing inside.
Oh, kiss me in sweet slow motion,
let's let everything slide.
You've got me floating, you've got me flying.

It's the way you love me,
it's a feelin' like this.
It's centrifugal motion,
it's perpetual bliss.
It's that pivotal moment.
It's 'Ah, subliminal.'
This kiss, this kiss.
It's criminal.
This kiss, this kiss.

It's the way you love me baby,
it's the way you love me darling, yeah.

It's the way you love me,
it's feelin' like this.
It's centrifugal motion,
it's perpetual bliss.
It's that pivotal moment.
It's 'Ah, subliminal.'
This kiss, this kiss.
It's criminal.
This kiss, this kiss.

It's the way you love me baby,
it's the way you love me darling, yeah.

(Fade)

http://www.youtube.com/watch?v=mgPt4Yef1qU

domingo, 16 de novembro de 2008

“O homem está com saudade do homem, vamos reencontrá-lo” Antunes Filho

Prêt-à-Porter - coletânea 1

De acordo com Emerson Danesi, “ator-coordenador”, após a montagem de Drácula e outros vampiros (encenação carregada de elementos cênicos e um conjunto de 33 atores em cena), Antunes decide por buscar o simplório, o universal que existe no particular. “O homem está com saudade do homem, vamos reencontrá-lo”.

Não há sobressaltos ou grandes acontecimentos. Tudo acontece no “aqui e agora”. E, portanto, não há uma resolução, já que não podemos falar em conflitos ou peripécias. É a vida seguindo seu fluxo constante. Isto é Prêt-à-Porter: dois atores, poucas falas, silêncios, e os abismos da vida. Elas, as personagens, como nós, não percebem que a vida está no ordinário, nos pequenos instantes. E que a vida é, sim, o que acontece com você quando você está preocupado fazendo outras coisas.

A garota da Internet (foto acima) poderia ser o clichê do clichê não fosse a dramaturgia inteligente e Arieta Corrêa e Marcelo Szpektor, novamente, os atores que são. Arieta é a garota da internet. Marcelo Szpektor é o cara da internet. Após um longo período de bate-papo virtual, topam se encontrar. Ela, idiossincrática. Ele, nerd. A cena é fantástica. Pense num filme de Woody Allen temperado com personagens de Wes Anderson.


Ponto sem retorno, a última cena, é irrepreensível. Talvez seja a cena curta mais singela e tocante à qual eu tive a oportunidade de assistir. E, mais uma vez, não há nada demais. Dois amigos de longa data se reencontram numa festa. Reminiscências vêm à tona. Planos inacabados. Desacertos. São as escolhas pedindo o troco. Os silêncios são de uma agudeza lancinante.
Prêt-à-Porter - coletânea 1/CPT

You're gonna fly away. I love it when we're cruisin' together



Cruisin'
Gwyneth Paltrow
Composição: Huey Lewis / Gwyneth Paltrow

Baby let's cruise
Away from here
Don't be confused
The way is clear

And if you want it, you got it forever
This is not a one night stand, baby

(Chorus)

Yeah so,
Let the music take your mind
Just release and you will find
You're gonna fly away
Glad you're goin' my way
I love it when we're cruisin' together
Music is played for love
Cruisin' is made for love
I love it when we're cruisin' together

Baby tonight
Belongs to us
Everything's right
Do what you might
And inch by inch we get closer and closer
To every little part of each other
Oh, baby, yeah

(Chorus)
So let the music take your mind
Just release and you will find
You're gonna fly away
Glad you're goin' my way
I love it when we're cruisin' together
Music is played for love
Cruisin' is made for love
I love it when we're cruisin' together

Cruise with me, baby
Oooooohhh yeah
Oooooohhh (ooh, ooh)
Oooh baby let's cruise
Let's float
Let's glide
Ooh let's open love
And go inside

And if you want it, you got it forever
I could just stay here beside you and love you, baby

(Chorus)
Let the music take your mind
Just release and you will find
You're gonna fly away
Glad you're goin' my way
I love it when we're cruisin' together
The music is played for love
Cruisin' is made for love
I love it when we're cruisin' together

You're gonna fly away
Glad you're goin' my way
I love it when we're cruisin' together
Music is played for love
cruisin' is made for love
I love it when
I love it
I love it
I love it

(Oh)
(Cruise with me, baby)
(I love it when we're cruisin' together)

http://www.youtube.com/watch?v=IGTG9uoKsQ0&NR=1

sábado, 15 de novembro de 2008

DESABAFO


.. Eu te chamei...
-Vem...Vem para mim....
Eu estava aqui... Te querendo... Já havia tomado mais do que 1 garrafa de vinho, na verdade 2 meia garrafa...Rs....Um Sauvignon Blanc e um Carbenet Sauvinon...Drunk... Chamando...Pronta para você....Mas você não me respondeu...Estava ocupado.... Com seu compromisso...Com seu juramento...Mas desocupado com seu coração....Seu querer...Seu desejo...Pelo menos é isso que você me diz...Que me quer...que eu sou... Aquilo que deseja...Ilusão...Doce ilusão...Do que adianta? Lhe pergunto de novo... O que importa? N’ao sou eu que voce tem...N’ao [e voc”é o que eu tenho....Tenho apenas desejo...sonhos expectativas....Cansei...Faz tempo que cansei... Desisti antes mesmo de cansar... Desisti por covardia...Por educação, que me deram.,sem que eu quisesse...mas o que importa é que cansei... Ano novo...vida nova...Mais concreto, menos abstração...Menos sonhos e mais tijolos.

De volta a sétima arte....

-Vamos para Oviedo. Lá comeremos pratos deliciosos, beberemos bons vinhose faremos amor.
-Quem vai fazer amor?
-Se tudo der certo, nós três.




Sexual Revolution
Macy Gray
Composição: Indisponível

Everybody shake it
Time to be free amongst yourselves
Your mama told you to be discreet
And keep your freak to yourself
But your mama lied to you all this time
She knows as well as you and I
You've got to express what is taboo in you
And share your freak with the rest of us
'Cause it's a beautiful thing
A beautiful thing, a beautiful thing

This is my sexual revolution
Sexual Revolution (3x)

Everybody shake it
Time to be free amongst yourselves
Your mama told you to be discreet
And keep your freak to yourself
But your mama lied to you all this time
She knows as well as you and I
You've got to express what is taboo in you
And share your freak with the rest of us
'Cause it's a beautiful thing

Sexual Revolution
It's a beautiful thing
Sexual Revolution
A sexual revolution
Sexual Revolution
Right here, right now
Sexual Revolution

Everybody break it
Every rule, every constriction
My papa told me to be home by now
But my party has just begun
Maybe he'll understand
That I got to be
To be the freak that God made me
So many things that I want to try
Got to do then before I die

This is my sexual revolution

I'm so funkin beautiful
Specially when I take my clothes off
I'm so funkin beautiful
Specially when I take my clothes off

Sexual revolution
Sexual revolution
Sexual revolution
Sexual revolution

ItÂ’s sexual (ItÂ’s sexual)
ItÂ’s sexual (ItÂ’s what)
ItÂ’s sexual (ItÂ’s what)
ItÂ’s sexual (Revolution)
ItÂ’s sexual
ItÂ’s sexual
ItÂ’s sexual

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Edward Hopper

Edward Hopper, pintor norte-americano
(Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967)

Realista imaginativo, esse artista retratou com subjetividade a solidão urbana e a estagnação do homem causando ao observador um impacto psicológico. A obra de Hopper sofreu forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjetiva do homem e de seus problemas. O tema das pinturas de Hopper são as paisagens urbanas, porém, desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha. ***(Pra mim, uma luz entorpecente, talvez. Que me deixa sonolenta, risonha, será mesmo uma luz estranha? Talvez como a luz que vemos em sonhos!)

A influência de Hopper no mundo da arte e da cultura pop é inegável. Homenagens a Aves da Noite caracterizando personagens de desenho animado ou ícones famosos da cultura pop como James Dean e Marilyn Monroe são freqüentemente encontrados em lojas de quadros e de presentes. Apesar disso, muito de suas pinturas também se basea na sua esposa como modelo para as figuras femininas.

As composições cinematográficos de Hopper e seu uso dramático de luzes e escuridão também fez dele o favorito entre os cineastas. Por exemplo, diz-se Casa ao lado da ferrovia influenciou levemente a casa no filme psicose de Alfred Hitchcock. A mesma pintura também é citada como sendo uma influência na casa de Terrence Malick no filme Cinzas do paraíso.

Em 2004 o guitarrista britânico John Squire lançou um álbum conceitual baseado na trabalho de Hopper intitulado Marshall's House. Cada música do álbum foi inspirada por, e compartilhado o título, com uma pintura de Hopper.
A influência de Hopper alcançou até mesmo as animações japonesas na série Texhnolyze, sendo usado como base do mundo superficial da série.

***meu pitaco sobre a luz estranha de suas composições

Rooms by the Sea

Rooms by the Sea
Edward Hopper1951

Bela manhã

Paulinho da Viola


Quando o sol iluminou
a bela manhã do dia
sobre o leito revirado
em teu corpo perfumado
a luz descia

Eu então rezei
agradecendo ao criador
o prazer de conhecer
por um momento
a felicidade deste amor

Quando o sol iluminou
a bela manhã do dia
sobre o leito revirado
em teu corpo perfumado
a luz descia

Eu então rezei
agradecendo ao criador
o prazer de conhecer
por um momento
a felicidade deste amor

Havia no teu sorriso
um sinal tão claro de satisfação
que o tem que tanto eu queria
finalmente não era mais uma ilusão

E peço a Deus
que nada mais possa nos separar
pois eu não saberia mais viver
sem poder te amar

Fiquei endoidecida por essa obra de arte e achei justíssimo cumprir o objetivo do artista observando os sentimentos que ela incitava em mim, e me imaginei sob o sol de uma janela entreaberta após uma doce noite.
Então pensei na voz que cantaria uma música que me incitasse a mesma sensação, e é claro...Paulinho da Viola com sua doce Bela Manhã.
Bom dia a todas as Flores do dia, por que hoje é sexta-feira!
Tentei incluir a canção no post, mas não consegui, tenho o álbum acústico em mp3, estou a diposição pra quem quiser compartilhar

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

MEU SOL!



Meu amor, na tese de doutorado da mamãe, eu escrevi assim, quando dediquei a você


"À minha filha Ana Beatriz, por todos os dias felizes"


E você tinha apenas 3 aninhos, agora eu te digo a mesma coisa, porque com você durante todos os 9 anos, mais as 38 semanas e dois dias em que você esteve dentro da mamãe, eu nunca deixei de ter um momento de felicidade nos meus dias!

Você é o meu solzinho, meu leãozinho, minha flor, minha riqueza, meu coração.

Feliz Aniversário!


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FEVER


Fever
Michael Bublé
Composição: Eddie Cooley / John Davenport

Never know how much I love you, never know how much I care
When you put your arms around me, I get a fever that's so hard to bear
You give me fever - when you kiss me, fever when you hold me tight
Fever - in the the morning, fever all through the night.
Sun lights up the daytime, moon lights up the night
I light up when you call my name, and you know I'm gonna treat you right
You give me fever - when you kiss me, fever when you hold me tight
Fever - in the the morning, fever all through the night.

Everybody's got the fever, that is something you all know
Fever isn't such a new thing, fever started long ago.
Romeo loved Juliet, Juliet she felt the same
When he put his arms around her, he said "Julie baby you're my flame"
Thou givest fever, when we kisseth, fever with thy flaming youth
Fever - I'm afire, fever yea I burn forsooth.
Captain Smith and Pocahontas had a very mad affair
When her Daddy tried to kill him, she said "Daddy-O don't you dare"
He gives me fever - with his kisses, fever when he holds me tight
Fever - I'm his Missus, Oh daddy won't you treat him right.

Now you've listened to my story, here's the point I have made:
Chicks were born to give you fever, be it Fahrenheit or Centigrade
They give you fever - when you kiss them, fever if you live and learn
Fever - till you sizzle, what a lovely way to burn.
What a lovely way to burn.
What a lovely way to burn.

http://www.youtube.com/watch?v=3E81JG2Ie3I

terça-feira, 11 de novembro de 2008

In the arms of the angel, fly away from here. You´re in the arms of the angel, maybe you find some comfort here.


Uninvited
Alanis Morissette
Composição: Alanis Morissette

Like anyone would be
I am flattered by your fascination with me
Like any hot blooded woman
I have simply wanted an object to crave

But you
You're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slide

Must be strangely exciting
To watch the stoic squirm
Must be somewhat hard-telling
To watch shepard meet shepard

But you
You're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slide

Like any unchartered territory
I must seem greatly intriguing
You speak of my love
Like you have experienced love like mine before

But this is not allowed
You're uninvited
An unfortunate slide

I don't think you unworthy
But I need a moment to deliberate

"ABRE ESSA JANELA PRIMAVERA QUER ENTRAR PRA FAZER DA NOSSA VOZ UMA SÓ NOTA"


O BEIJO / Gustav Klimt
Galeria austriaca Belvedere, Viena (Áustria).

A tela de Gustav Klimt mostra não somente um simples beijo, mas a sensação de um beijo dado com todo o amor existente entre um homem e uma mulher... Nos dias atuais pode ate ser entre duas mulheres ou dois homens, isso pouco importa...O importantem mesmo é o enlance que transforma o casal num corpo coeso, em que os limites de um e outro se confundem. Através desse tipo de beijo a fusão de duas almas é possível de uma maneira que nem o sexo é capaz, pois no sexo ainda existe as delimitações do corpo, da pele e ate microscopicamente da imunidade inata protegendo um do outro... As almas sim podem se fundir por completo.

Dedicado a minha amiga Géo e a todos(as) que sente falta de um simples e completo beijo...Olha que não precisa nem ser beijo na boca, pode ser como no quadro, respeitosamente no rosto,mas com um amor tão intenso ou raro que se transforme numa obra prima da própria vida...

domingo, 9 de novembro de 2008

Sobre o boteco Bohemia tenho 3 canções para cantar...


Casa Pré-Fabricada
Roberta Sá
Composição: Marcelo Camelo

Abre os teus armários
Que eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol
Sobre os teus braços castos.

Cobre a culpa vã
Até amanhã eu vou ficar
Pra fazer do seu sorriso
Um abrigo.

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.

Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais.

Mais vale o meu pranto
Que este canto em solidão
Nessa espera o mundo gira
Em linhas tortas.

Abre essa janela
A primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz
Uma só nota.

Canta que é de canto que eu vou chegar
Canta e toca um tanto que é pra me encontar
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.

Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais.

Tristeza nunca mais...




A Paz do Coração
Teresa Cristina e Grupo Semente
Composição: Candeia e Cabana

Eu não troco, não vendo, não empresto nem dou
A paz no coração pelas juras de amor
Quem quiser meu carinho
Terá que provar, amor, provar
Em aventura, benzinho
Eu não vou me arriscar
Só atraco meu barco em porto seguro
Em canoa furada não vou no escuro
Aos meus dezoito anos
Vivi trinta e seis
Chorei, chore
No oceano da vida quase naufraguei
Eu não troco, eu não vendo, eu não do


Hino da velha guarda da portela

A Velha Guarda da Portela vem saudar
Com este samba para a mocidade brincar
Estamos aí, como vocês estão vendo
Estamos velhos, mas ainda não morremos.
Enquanto há vida há esperança
Diz o velho ditado, quem espera sempre alcança
Nosso teor não é humilhar a ninguém
Nós só queremos mostra o que a Velha Guarda tem

Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar...laiá...laiá...laiá




Meus comentários estão no meu outro blog


mas deixo aqui a foto pra ver se a Gi tem algo mais a dizer.

Foi muito bom de saborear!



Para completar o que minha amiga escreveu



Não assistimos juntas ao nosso famoso Casablanca, confesso que "As time goes by" é uma das músicas mais lindas que já ouvi, e aproveito pra confessar que adoro Frank Sinatra, com quem já tinha ouvido e sonhado com essa canção, quando ainda era uma inocente...

Apesar de cumprido metade da minha expectativa de vida e por mais que lute contra, continuo acreditando no amor.

Talvez num grande e eterno amor que nos segue em nossas lembranças e que não nos permita amar novamente...

Talvez num grande amor que possa acompanhar esse amor antigo que sempre permanecerá na história das nossas vidas como uma lembrança sem fim...

Mas indubitavelmente Casablanca é um grande romance e acredito que se o amor existe mesmo ele é capaz de tudo, até mesmo de renunciar-se a si mesmo por amor ao outro.

Que beleza de filme!

Deixo aqui a tradução da última estrofe da nossa canção para este post:

"Ainda é a mesma velha história
Um combate por amor e glória
Um caso de fazer ou morrer
O mundo sempre dará boas-vindas aos namorados
Com o passar do tempo".

Então sejamos sempre namorados!!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O meu tipo de amor...


http://www.youtube.com/watch?v=pa-dGYjSq5k
Um filme de 1942 e eterno...

Em uma dos flashbacks dos momentos que passaram em Paris, Ilsa diz duas frases célebres: quando os alemães invadem a cidade (“Isso foi o barulho de um canhão ou o meu coração que deu um salto?”) e na despedida com Rick (“Beije-me. Beije-me como se essa fosse a última vez”). De volta ao bar, Ilsa implora a Rick que entregue os vistos de saída de seu marido. Ela aponta uma arma para Rick quando ele se nega a fazê-lo, e ouve a resposta: “Vá em frente, garota, você estará me fazendo um favor”. Os dois acabam decidindo fugir juntos, mas, na última hora, ele manda a moça ir embora com seu marido. Neste momento, os dois travam o diálogo mais célebre do filme: “E nós, Rick?”, pergunta ela. “Nós sempre teremos Paris”, ele responde. Ao final, Rick ajuda o casal a fugir de avião. Quando abraça o capitão da aeronave, ele fala: “Isso é o começo de uma grande amizade”.

Fica difícil entender porque Casablanca continua tão bom, mesmo com o passar de tantos anos. Talvez pelos personagens marcantes, pelos diálogos inesquecíveis, pelo romantismo constante, pela parte técnica inigualável... O leque de opções está aberto, cabe apenas a você decidir qual das opções lhe parece mais conveniente. Sinceramente? A decisão pouco vai importar, afinal, Casablanca é eternamente apaixonante como um todo.

Então só resta dizer:

"Play it again, Sam."


AS TIME GOES BY

Letra e Música de Herman Hupfield

You must remember this,
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh;
The fundamental things
[apply

As time goes by.
And when two lovers woo,
They still say, "I love you ",
0n that you can rely;
No manter what lhe future
[brings
As time goes by.

Moonlight and love songs,
[never out of date,
Hearts full of passion,
jealousy and hate;
Woman needs man, and
man must have his mate,
That no one can deny.

lt's still lhe same old story
A fight for lave and glory,
A case of do or die
The world will always
[welcome lovers
As time goes by.

http://www.youtube.com/watch?v=eIiAdHGi3AI&feature=related

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Will you still love me tomorrow?


Abraço / Egon Schiele
Osterreichische Galerie, Viena (Áustria)

Will You Still Love Me Tomorrow

Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
But will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
Or just a moment pleasure
Can I believe the magic of your sight
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
You said that I'm the only one
But will my heart be broken
When the night meets the morning sun?

I like to know that your love
This know that I can be sure of
So tell me now and I won't ask again
Will you still love me tomorrow?

Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?...

http://www.youtube.com/watch?v=NDXgKIpJyIk

sábado, 1 de novembro de 2008

MEUS OITO ANOS

" MEUS OITO ANOS
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais

Eu tinha doces visões
Da cocaína da infância
Nos banhos de astro-rei
Do quintal de minha ânsia
A cidade progredia
Em roda de minha casa
Que os anos não trazem mais
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais"

(do livro Primeiro Caderno do Aluno
de Poesia Oswald de Andrade)


A melhor companhia da minha tarde, Oswald De Andrade!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SEM SANGUE


Trecho do livro de Alessandro Baricco:

-Éramos soldados.
-O que quer dizer?
-Estávamos lutando numa guerra.
-Qual guerra?, a guerra tinha acabado.
-Não para nós.
-Não para vocês?
-A senhora não sabe de nada.
-Então me diga aquilo que eu não sei.
-Acreditávamos num mundo melhor.
-...
-Já não se podia voltar atrás, quando as pessoas começam a se matar não se volta atrás. Não queríamos chegar aquele ponto, os outros começaram, depois não hove mais nada a fazer.
-O que quer dizer um mundo melhor?
-Um mundo justo, onde os fracos não devem sofrer pala maldade dos outros, onde qualquer um pode ter direito a felicidade.
-E o senhor acreditava nisso?
-Claro que acreditava, nós todos acreditávamos, era possível fazer e ñós sabíamos como.
-...
-E tínhamos lutado por isso, para poder fazer o que era justo.
-Atirando em crianças?
-Sim, se fosse preciso.
-...
-N'ao se pode semear sem antes arar. Primeiro se deve sulcar a terra. Era preciso passar pelo sofrimento entende?
-N'ao.
-Havia uma profus'ao de coisas que deviamos destruir para construir, n'ao tinha outro jeito, devíamos ser capazer de sofrer e impor sofrimento, quem tolerasse mais dor venceria, não se pode sonhar com um mundo melhor e pensar que vão entregá-lo a você só porque você pede, ele jamais cederiam, era preciso lutar e, uma vez que se compreendesse isso, já não fazia diferença se se tratava de velhos ou crianças...E quando parecia demasiado horrendo, tínhamos nosso sonho que nos protegia, sabíamos que , por mais alto fosse o preço, imensa seria a recompensa... um mundo melhor
-Acredita realmente nisso?
-Claro que acredito.
-voces ganharam a guerra. Este lhe parece um mundo melhor?