segunda-feira, 28 de abril de 2008

Estômago


Para não dizer que o domingo não rendeu mais...

Achei o filme engraçadinho e cruel...

Li e acho que cabe aqui:


"Uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária."

Persépolis


SENSÍVEL!

POLÍTICO!

IMPRESSIONANTE!

(Vale a pena ler a sinopse)
PERSÉPOLIS (2007)
França

Teerã 1978: Marjane, de oito anos, sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduziram à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos “Guardiões da Revolução”, que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, sonha em se transformar numa revolucionária. Pouco depois, a cidade é bombardeada durante a guerra contra o Iraque. Com as restrições impostas pelo conflito e o desaparecimento rotineiro de membros da família e entes queridos, a repressão torna-se cada dia mais severa. Como o ambiente fica a cada dia mais perigoso, a rebeldia de Marjane sugere um grave problema. Seus pais decidem mandá-la para a Áustria, para sua própria proteção. Em Viena, Marjane vive outras revoluções aos 14 anos: adolescência, liberdade e o peso do amor mas, além de toda a também excitação, vem também a sensação de exílio e solidão e o gosto amargo de estar à margem da sociedade

Hieróglifos


Disco Voador

Achei muito interessante esse texto que a Bethânia usou pra introduzir "Tocando em frente" no vídeo do post abaixo e pra quem não conseguiu ouvir reproduzo aqui:

Eu estou sempre aqui, olhando pela janela. Não vejo arranhões no céu nem discos voadores.
Os céus estão explorados mas vazios.
Existe um biombo de ossos perto daqui.
Eu acho que estou meio sangrando.
Eu já sei, não precisa me dizer.
Eu sou um fragmento gótico.
Eu sou um castelo projetado.
Eu sou um slide no meio do deserto.
Eu sempre quis ser isso mesmo.
Uma adolescente nua, que nunca viu discos voadores,
e que acaba capturada por um trovador de fala cinematográfica.
Eu sempre quis isso mesmo: armar hieróglifos com pedaços de tudo, restos de filmes, gestos de rua, gravações de rádio, fragmentos de tv.
Mas eu sei que os meus lábios são transmutação de alguma coisa planetária.
Quando eu beijo eu improviso mundos molhados.
Aciono gametas guardados.
Eu sou a transmutação de alguma coisa eletrônica.
Uma notícia de saturno esquecida, uma pulseira de temperaturas,
um manequim mutilado,
uma odalisca andróide que tinha uma grande dor,
que improvisou com restos de cinema e com seu amor, um disco voador.
Fragmentos do texto "Disco Voador" de Fausto Fawcet.

Carta de amor de Lygia Fagundes Telles...



Tenho vivido em dois planos, o cotidiano, o real com as obrigações de cada dia, com os laçõs que me prendem às pessoas queridas - que amo também e diante das quais sou um, determinado, com identidade certa, com passado, presente e futuro que me enleiam a um caminho pausado, de responsabilidades conscientemente aceitas. Desse mundo, L., você é afastada e quando também se ausenta esta emoção enorme que chego às vezes a negar, que esse é o mundo real, verdadeiro, e que não devemos, não podemos, não podemos....Que é preciso parar logo e fugir guardado a lembrança amiga de um encantamento que podeira ter sido...Quando o seu frágil e tão belo mundo, L., inesperadamente irrope e se instala desse modo em mim - como agora que que está emoção vai me tomando - então é nisso que sobretudo acredito, um tempo feito à sua imagem e construído aparentemente com fatos pequenos e miúdos: um telefonema hoje, um encontro rápido amanhã, uma esperança para Deus sabe quando. Fatos tão incertos, tão escassos - e que constituem no entanto toda a nossa história visível. Sinto que mesmo desse pouco eu poderia desistir se você quisesse. Este carinho tão fundo e puro. Secreto e altivo. Que guardo como um bem raro. Que nem você poderia mais atingir ainda que tudo acabasse amanhã. Este carinho que me devolve e recria sua imagem, já agora tão minha para sempre, tão junto e amiga. M.N.

http://br.youtube.com/watch?v=bntsolV2P0Y

AS MENINAS



Ana Clara fazendo amor. Lião fazendo comício. Mãezinha fazendo análise...Faço filosofia. Ser ou estar. Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora. Originalíssima. Se eu sou, não estou porque para que eu seja é preciso que eu não esteja. Mas não esteja onde? Muito boa a pergunta, não esteja onde. Fora de mim, é lógico. Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim. Não me desintegro da natureza porque ela me toma e me devolve na íntegra: não há competição mas identificação dos elementos. Apenas isso. Na cidade me desintegro porque na cidade eu não sou, eu estou: estou competindo e como dentro das regras do jogo (milhares de regras) preciso competir bem, tenho consequêntemente de estar bem para competir o melhor possível. Para competir o melhor possível acabo sacrificando o ser. Ora se sacrifico o ser para apenas estar, acabo me desintegrando (essencial e essência) até a pulverização total. Vaidade das vaidades. Apenas vaidade. A conclusão é bilbica mas responde a todas as perguntas deste mundo desintegrado e confuso. Os loucos reinando sobre os vivos e os mortos. Dominarão os poucos que conseguiram segurar as rédias da loucura, quais? Pulmões e mentes poluídas. Importante papel está reservado aos psiquiatras. Aos profetas, acredito ainda mais nos profetas. Acho que eu seria mais útil se estudasse Medicina, de que vão adiantar no futuro as leis se agora já são o que se sabe. Uma psiquiatra maravilhosa. O chato é que quando leio um livro sobre doenças mentais, descubro em mim os sintomas de quase todas, uma psiquiatra por dentro demais da loucura. Salva pelo amor.

POWER OFF

domingo, 27 de abril de 2008

"Nenhum de nós"


Às vezes temos que ser adultos e tive que fazer coisas desse tipo no domingão das 6:30 as 16:00h.

Não mereço!

Mas não é que valeu a pena?

No intervalo do almoço fomos até um shopping próximo e tinha um show do
“Nenhum de nós”.

Putz! Que legal!
Eu ouvia sempre no walk man, na volta dos passeios da escola, sabe?

Sentada no banco do fundão do ônibus, fazendo charme, rs...
Foi hiper legal...Enfiei-me no meio do povo e fiquei de cara para o Thedy. Uou!!! Ele era feinho, não era?
Pois é! O véio ta uma jóia, rs....

O show cheio de fãs cantando as músicas novas que nem sei onde é que tocam...

não ouço rádio!
Porra! Valeu muito!
Se não tivesse que voltar para quela merrrrrrrrrrrrr de concurso ficaria alí curtindo.
O Astronauta de Mármore
Nenhum de Nós
Composição: David Bowie - Versão : Thedy Corrêa , Sady Homrich e Carlos Stein

A lua inteira agora
É um manto negro
Oh! Oh!
O fim das vozes no meu rádio
Oh! Oh!
São quatro ciclos
No escuro deserto do céu...
Quero um machado
Prá quebrar o gelo
Oh! Oh!Quero acordar
Do sonho agora mesmo
Oh! Oh!
Quero uma chance
De tentar viver sem dor...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Hum! Hum! Hum Hum! Hum!...
A trajetória
Escapa o risco nú
Uh! Uh!
As nuvens queimam o céu
Nariz azul
Uh! Uh!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu...
A lua o lado escuro
É sempre igual
Al! Al!
No espaço a solidão
É tão normal
Al! Al!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Estar lá!
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sei que estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Larará!
Larará!
(Apesar de poder ouvir walk man e ir aos passeios do colégio eu era uma adolescente muito triste...mesmo assim as pequenas lembranças dos poucos momentos em que eu parecia uma garota qualquer me fazem sentir mais feliz!
Só não consigo NÂO sentir saudades de tudo que não pude fazer pq meus pais não deixaram, de tudo que não fiz por medo depois que cresci um pouquinho, de tudo que fingi não querer fazer por orgulho, e de tudo que passou da hora de fazer quando fiquei mãe)

ROBERTO DE CARVALHO


Em respeito aos nossos gatos não vou comentar... mas sería injusto não colocar a foto do maridão da Rita!

CREIO EM DEUS PAI!!!

sábado, 26 de abril de 2008

PICNIC


O show foi ótimo, super alto astral!!! A Cantora celebra 60 anos e 40 de carreira com novo show, PICNIC.


***Mas o público era estranho, sem graça, uns dormindo...outros de cara feia. Estavam no lugar errado? Ali na mesa ao nosso lado...


Tenho muito carinho pelos clássicos da Rita (Desculpe o auê...). Lembram-me o colégio, quando comecei a descobrir que gostava dos mutantes e tantos outros que alguns, alguns anos mais novos podem até repudiar.

Meu mantra de todos os dias: As pessoas são diferentes! Bom... só de pensar me da náuseas.
Sou uma ariana torta como dizem...meu ascendente me impede de ser pior do que sou, pois o ascendente em câncer faz de mim a mãe do mundo!

Ah! Como eu queria ter ascendente em Áries mesmo! Sería mais insuportável e intolerante, mais sincera nem precisa. Acho que que sou bem ariana nessas horas. Mas porque meu ascendente não me ajuda a aceitar os outros como são?


“Por que Narciso acha feio, o que não é espelho!...” Ah! Caetano!

Escolhi a música Saúde pra postar, mas Mãerieta teve a mesma idéia. Então vou colocar a letra de uma música que eu adoroooooooo...


Doce Vampiro
Rita Lee


Venha me beijar

Meu doce vampiroooo

Ou ouuuuu

Na luz do luar

Ãh ahãããããh

Venha sugar o calor

De dentro do meu sangue...

vermelhoooo!

Tão vivo tão eterno...veneno!

Que mata sua sede

Que me bebe quente

Como um licor

Brindando a morte e fazendo amor...

Meu doce vampiro

Ou ouuuuu

Na luz do luar

Ãh ahãããããh

Me acostumei com você

Sempre reclamando, da vidaaaa

Me ferindo, me curando..

a ferida

Mas nada disso importaaaa

Vou abrir a portaaaa

Prá você entrar

Beija minha boca

Até me matar...

Cha lá lá lá

Ou ouuuuu

Cha lá lá lá

Ou ouuuuu...

Ou ouuuuu

Ãh ahãããããh

Ou ouuuuu...

Ou ouuuuu

Ãh ahãããããh

Ãh ahãããããh

Me acostumei com você

Sempre reclamando da vidaaaa

Me ferindo, me curando...a ferida

Mas nada disso importaaaa

Vou abrir a porta

Prá você entrar

Beija a minha boca

Até me matar...

de amoooor!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O tempo passa...

Essa música já tem vários anos, pois o tempo não para. Mas continuo desejando que a cada ano conquistado a gente chegue mais próximo do ritmo certo pra ter mais tempo para os nossos queridos, para ser feliz...
EU QUERO SER FELIZ!

TOCANDO EM FRENTE
(Autores: Almir Sater e Renato Teixeira
Intérprete: Almir Sater)
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz...
Conhecemos essa música sempre interpretada pelo Almir Sater (e eu adoro!), mas como ando um tanto apaixonada por Bethânia por esses dias, resolvi olocar o vídeo interpretado por ela)
Acho que a idéia foi boa, alguém ousaría contrariar essa ariana que vos escreve? Aguardo comentários... Beijos


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Eternal Sunshine of the Spotless Mind Music


Me tirem daqui! Se eu pudesse eu me agarraria na tela da TV, ouviría essa música até explodir meus tímpanos...sairía andando por aí por dias feito louca...esse é o filme do caralho, porra! (sorry, ladies)

Quantas vezes assisti??? Sei lá

Só de ouvir o início já começo a ter convulsões

Everybody's Gotta Learn Sometime
The Korgis

Change your heart,

look around you

Change your heart,

it will astound you

I need your loving like the sunshine

And everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

Change your heart, look around you

Change your heart, it will astound you

I need your loving like the sunshine

And everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

Chorus

Everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

Everybody's gotta learn sometime

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Pequeno Poema Infinito

Federico Garcia Lorca - Pequeno Poema Infinito Teatro do SESC Pinheiros / SP

Até 03/05

Não percam!


Indicado ao Prêmio Shell 2007 na categoria melhor ator , "Federico Garcia Lorca - Pequeno Poema Infinito" chega a São Paulo para uma curta temporada de quatro semanas.

O roteiro (sobre textos de Lorca: uma conferência de 1933, fragmentos de entrevistas, poemas e canções) de José Mauro Brant e Antonio Gilberto, respectivamente intérprete e diretor do espetáculo, apresenta um Lorca sempre atento para o que o rodeia, seja a natureza, sejam os homens. Muito bem traduzido por Roseana Murray, o texto valoriza a sonoridade e o poder da linguagem, linha-mestra da obra do poeta espanhol. Revela também, em primeira mão, alguns traços muito particulares de Lorca: o contato com aquilo que o emociona – a pobreza de seu povo, a admiração pela bravura com que sua gente enfrenta a miséria, o respeito pela arte popular, suas considerações sobre a morte, reflexões sobre o teatro e a poesia. Lorca exigia do teatro uma grande força vital e uma conexão com o povo. Alertava os atores a serem como alguns professores, mantendo sempre uma atitude digna e severa com seu ofício, a pensarem não apenas no “hoje da bilheteria”, mas no amanhã, no amanhã, no amanhã.

Como o próprio Lorca revela, "o poeta não sabe o que é poesia e a palavra deve se tornar carne viva. E viver é deixar de lutar contra os instintos."
Sentamos na primeira fileira, fiquei apaixonada...ele transborda de emoção, tão suave, tão doce, querido...
Me arrependo muito de não tê-lo cumprimentado, abraçado.
Parabéns José Mauro Brant!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Jardim Botânico de São Paulo


Infelizmente não conhecemos o "O Bosque Chileno", tão bem descrito por Pablo Neruda, que posso até sentir a umidade do ambiente em minhas narinas.


Como ele mesmo escreveu :

"Quem não conhece o bosque chileno não conhece esse planeta. Daquelas terras, daquele barro, daquele silêncio, eu saí a andar, a cantar pelo mundo." (Confesso que vivi, memórias de Pablo Neruda)


Humildemente recomendo aos que ainda não tiveram o privilégio de conhecer nosso Jardim Botânico, que escolham uma manhã para respirar a vida em cada folha orvalhada que puder esbarrar ou simplesmente olhar para uma daquelas senhoras árvores centenárias e respeitá-las por sua força e generosidade em nos permitir sua sombra.

CONFESSO QUE VIVI - PABLO NERUDA


Talvez não tenha vivido em mim mesmo,


talvez tenha vivido a vida dos outros.


Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre


– como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas


– as folhas amarelas que vão morrer


e as uvas que reviverão no vinho sagrado.


Minha vida é uma vida feita de todas as vidas:


as vidas do poeta.”


Pablo Neruda

Bicho de sete cabeças!

O que pode levar um ser humano...um ser, sei lá, um pai, uma mãe... à fazer um bicho de sete cabeças???
Uma Psicopatia...uma possessão...uma loucura!
No final do filme (e do telejornal)...tristeza...silêncio...uma lágrima...não quero mais ver... não quero falar disso.

Excelente filme e atuação de Rodrigo Santoro.


Bicho de Sete Cabeças por Zeca Baleiro

Composição: Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Renato Rocha

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça (Não tem ninguém que mereça)
Não tem coração que esqueça (Não tem pé, não tem cabeça)
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito (Não dá pé, não é direito)
Não tem nem talvez ter feito (Não foi nada, eu não fiz nada disso)
O que você me fez desapareça (E você fez um)
Cresça e desapareça... (Bicho de Sete Cabeças)

Bicho de Sete Cabeças!
Bicho de Sete Cabeças!
Bicho de Sete Cabeças!


sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rendo-me ao "Rei"

Cavalgada
(Roberto carlos)

Só pra você!

Vou cavalgar por toda a noite
Por uma estrada colorida
Usar meus beijos como açoite
E a minha mão mais atrevida
Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque
Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço
Depois de toda a cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço
Sem me importar se neste instante
Sou dominado ou se domino
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino
Estrelas mudam de lugar
Chegam mais perto só pra ver
E ainda brilham de manhã
Depois do nosso adormecer
E na grandeza deste instante
O amor cavalga sem saber
E na beleza desta hora
O sol espera pra nascer.


Geó será que ele estava no Veloso naquele dia???? Ichiii ele viu tudo hein....



Nem acreditei quando eu li!!!! Tinha a certesa de que tinha sido escrito por vc!!!Perfect!!! Apesar que naquele dia tomei sim caipirinha de frutas vermelhas, abacaxi com hortelã, carambola com majericão, limão com gengibre....e depois muita mas muita cerveja....que me fizeram cavalgar numa ilusão, porque não é que o frouxo realmente deu no pé e nunca mais!!!!! Willll, cadê vc?????

quarta-feira, 16 de abril de 2008

DOU RISADA DE UM GRANDE AMOR

Cada vez que entro no blog desse adoravel senhor me mijo de rir. Oh homi bom de falar do amor e das mulheres e dos cornos!!!
A Giselle vai ter um treco!
Reproduzi todo o texto no nosso blog.
“Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfim o grande amor, mentira!”
Encontro minha amiga A., no nosso botequim predileto, e a desalmada vai logo anunciando, com a ironia fina que a acompanha na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença.
Sempre tem boas histórias e uma mania louca de escolher uma música, normalmente Chico Buarque, para trilha das sagas românticas.
Como Chico tem um vasto elenco de personagens femininos e incorpora as dores e delícias das mulheres, ela escolhe no capricho, no ponto. Moleza, garoto.
“Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfim o grande amor, mentira!”, ela repete e repete, enche o saco com o “Samba do grande amor”.
Essa música nem é protagonizada por uma fêmea, e sim por um homem desiludido do amor, um cabra cujo destino parafusou-lhe na testa belos objetos pontiagudos, como diria o compay Marçal Aquino.
Mas ela insiste e canta assim mesmo. Pior: canta e ri, uma loucura. Que diabo de sofrimento é esse com essas gargalhadas todas?
A moça é assim mesmo. Não tem jeito. E olhe que nem pediu caipiroscas de frutas vermelhas nesse dia, ficou apenas no chope, coisa fina e civilizada.
“Morrer dessa vez é que não vou”, tira onda. “Ih, estou escaldada, velho Francisco”.
O que A. me contou uma das coisas banais que mais escuto das minhas amigas nos últimos tempos. E olhe que sou conselheiro, ombudsman das moças, cupido e ouvidor-geral de muitas crias das nossas costelas.
“Sua carteira de desesperadas é grande”, ela mesma tira uma boa onda sobre um ofício que desenvolvo com gosto e curiosidade desde os verdes anos –quando sequer eu sabia o era uma mulher para valer, conhecia apenas as cabritas e as bananeiras.
A amiga deparou-se com mais um desses homens que prometem, ensaiam, jogam um charme, cultivam, cantam de galo... comparecem e..., sem dizer nada, tomam o clássico chá de sumiço.
“Por essas e por outras é que agora prefiro um bom canalha a um homem frouxo
”, prega a amiga, conquistando rapidinho o apoio da mesa feminina ao lado. “Um canalha pelo menos me pega com gosto e temos noites deliciosas”.
Defende a tese e emenda, riso desavergonhado: “Passava um verão a água e pão, dava o meu quinhão pro grande amor, mentira!”É rapazes, é tempo de homem frouxo, que corre mesmo diante da possibilidade de uma história mais densa e afetiva. Não sabem o que estão perdendo. A começar pela minha amiga cantante, belo exemplar da raça, no auge dos seus 3 ponto 6, boa conversa, boa lábia, gostosa, bocão e um humor capaz de tornar o mais nublado dos dias no dia mais alegre e comovente para o cara que estiver ao seu lado. Sorte deste hombre!

ATÉ O DIA EM QUE O CÃO MORREU

Amanhã vou começar a ler o livro que ganhei do meu irmão ATÉ O DIA EM QUE O CÃO MORREU. É um presente especial como ele.
Se não tivesse ganhado todos os presentes mais maravilhosos do mundo, diria que esse é o mais...mais... maravilhoso!
(E ele nem sabia que eu tinha assistido ao filme “Cão sem dono” e gostado muito. Ele mesmo não assistiu!) Mas todos os presentes foram entregues com tanto carinho, de pessoas especiais que tudo tem a minha cara e a de quem me deu, pode? Que sortuda!
Esse vídeo é tudo de bom, chama-se Simbiose



Meu irmão querido Daniel Marcusso, sabe melhor do que eu do que gosto! Amo você meu querido!

Seda

Acabei de ler “Seda” (Alessandro Baricco),
vou contar um segredo; comprei especialmente para uma pessoa de presente de aniversário, pois sei que foi muito bem indicado e que é uma fábula suave...

Mas não resisti e abri pra ler...
Pensei... até amanhã eu termino rapidinho e dou o presente.
Depois achei injusto, que coisa mais feia!
Comprei um belo presente com muito carinho e continuei a leitura no meu ritmo...
Mais de um mês pra ler 121 páginas.
Realmente...suave... e se fosse um filme (e será! Já vi o trailler “Silk”)*** eu diria que a fotografia é maravilhosa!

***



Alguns fragmentos...

“Fique assim, quero olhar para você, já olhei tanto, mas não era para mim, agora é para mim, não se aproxime, peço-lhe, fique como está, temos uma noite para nós, e quero olhar para você, nunca o vi assim, seu corpo para mim, sua pele, feche os olhos, e se acaricie, peço-lhe, não abra os olhos se puder...”

Às vezes nos dias de vento, descia até o lago e passava horas a fitá-lo, já que desenhado na água, parecia ver o inexplicável e suave espetáculo que fora sua vida.

terça-feira, 15 de abril de 2008

METAL CONTRA AS NUVENS


Metal Contra as Nuvens
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá


I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém é senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.


II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...


III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV
Tudo passa, tudo passará...
E nossa estória não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora

Apenas começamos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Para Pamella!




Dia 23 de fevereiro as 17:00hs a Pamella se casou com o Thiago no templo Zulai. Foi uma cerimônia diferente pra nós que não somos budistas, mas apesar de não entender qualquer palavra que a monja proferisse em chinês, senti toda a emoção que aquele momento pode proporcionar! Muita paz, equilíbrio e amor.


Fiquei muito contente por vê-los tão felizes.


Eu ainda acredito que as pessoas possam dividir o mesmo espaço, com muito respeito, paciência e amor!


Parabéns pra vocês...Que sejam sempre muito felizes!
Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor:
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

Veja meu FunPix!

Deixe-me sonhar!!!!!!!



A primeira vez que ouvi falar do filme foi num carro ouvindo o CD, e com ele conheci a CAt Power e o que para mim é a melhor musica the greatest....Perdi as contas de quanto ouvi essa música em casa....com sensações inexpressíveis....Em busca do trailer encontro aquele beijo, o qual queria pra mim....será que por isso traduziram para o portugues de Beijo roubado? Então quero rouba-lo pra mim!!!!!
Na estréia do filme, é claro que eu estava lá, toda entusiamada, com a Géo....Logo do início vem a música de que falei, depois aquela mistura de cores que tanto me impresionaram....pink, azul, laranja, verde, de forma harmônica mas sem perder a intesnidade....foi o suficiente para sentir-me a sonhar...a tristesa de uma decepção amorosa....a sensibilidade, a levesa, a delicadeza do ser humano....ate que um indivíduo grosseiramente me tira do meu sonho, sem pedir licença...será ela incapaz de sonhar? Mas que direito ela tem de me perturbar.....Depois daquele beijo tão esperado....infelizmente não pude sentir a emoção que o diretor queria transmitir e fui obrigada a vômitar a minha indignação, ensinando a alguém que deveria me ensinar: A nossa liberdade termina quando começa a do outro....

Note-se que cada vez que coloco tres pontinhos, significa sentimentos que sou incapaz de expressar por simples palavras.

domingo, 13 de abril de 2008

My Blueberry Nights

Amo blueberrys, sou capaz de loucuras por um punhado delas! !
Quando ouvi o nome do filme já me decidi à assistir! Ouvi o CD e pronto, tenho que ir... Sozinha de preferência ou com uma amiga que estivesse disposta a saborear o filme tanto quanto eu! Encontrei a amiga fácil...fácil...
Deixo pra ela os comentários . Não sei como descrever esse sabor azedo, quase azul com o doce do creme... Me dá uma vontade!
Eles são deliciosos, a cor da tela...
Continua pra mim Gi!





Olha! Esse vídeo é a cena final, pelo amor de deus!
Entrem nesse link e vejam como é que se faz!


http://www.youtube.com/watch?v=Kx9nWdDRp1s&feature=related

"Que bom amigo"


Nossos olhos brilhantes cheios de lágrimas....no aeroporto
Mas sei que você está aqui comigo.
Eu estava ouvindo um CD do Clube da esquina, conheci essa música e fiquei imaginando você entrando pela porta da minha "kinder-casinha-ovo" e me trazendo toda a vida de que um amigo querido devería ter o direito de ter.
Sinto muito sua falta, mas tudo certo, sem preocupação...



Que bom amigo

(Milton Nascimento)

Que bom, amigo

Poder saber outra vez que estás comigo

Dizer com certeza outra vez a palavra amigo

Se bem que isso nunca deixou de ser

Que bom, amigo

Poder dizer o teu nome a toda hora

A toda gente

Sentir que tu sabes

Que estou pro que der contigo

Se bem que isso nunca deixou de ser

Que bom, amigo

Saber que na minha porta

A qualquer hora

Uma daquelas pessoas que a gente espera

Que chega trazendo a vida

Será você

Sem preocupação.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Como é que se diz EU TE AMO"

Um dia daqueles...
Sabe quando você abre os olhos e tem certeza que as pílulas não vão funcionar naquele dia?
Você se arrasta até o chuveiro...
ainda tem a lição de casa do filho pra fazer junto...
Levar a pequena riqueza até a escola...
Um silêncio...
Mas tem que falar alguma coisa, pra parecer que o céu azul, que sempre foi mais que suficiente pra um sorriso aberto, por acaso hoje...não é suficiente!
- beijos minha querida, até mais tarde quando a mamãe sair do trabalho!

Posso voltar pro silêncio e me arrastar com 3 horas de atraso para o trabalho...
Resolvo ouvir meu MP3.
A música da vez... Salvou meu dia. Estou mais leve, mais triste também, mas com um pouco de esperança, com mais saudades também, mas com um pouquinho mais de esperança...

"Vamos fazer um filme"
Renato Russo

Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido a tanto tempo atrás
Um exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz.

A minha escola não tem personagem
A minha escola tem gente de verdade
Alguém falou do fim do mundo,
O fim do mundo já passouVamos começar de novo:
Um por todos, todos por um.

O sistema é maus, mas minha turma é legal
Viver é foda , morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-florLeão,
leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho,
liberdade e respeito

Chega de opressão.
Quero viver a minha vida em paz.
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

E hoje em dia, vamos fazer um filme ?



Eu te amo...Eu te amo...Eu te amo...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

AGORA EU SEI....


que a vida a ser vivida, não passa de um molde que foi construído antes mesmo de iniciá-la, por desconhecidos, que chamamos de sociedade, pelos ancestrais e pela nossa própria covardia...

Margaret, está chorando
Pelas folhas que murcham na alameda?
Agora chora por folhas,
Mas quando seu coração amadurecer,
Endurecer,
Chorará por outras coisas.
Por enquanto, não poupe lágrimas,
Chore pelas folhas que murcham na alameda,
Porque um dia chorará e saberá o motivo.
E descobrirá que,
Ainda que o objeto seja outro,
A dor é igual.
O que seu coração não enxerga agora,
O seu espírito já conhece.
É pela desgraça para a qual o homem nasceu,
Que Margaret chora.

...E por causa deste molde caprichosamente moldado que precisamos aprender uma arte....a de perder...

Uma arte

Não é difícil aprender a arte de perder
Tantas coisas parecem feitas com molde
Da perda que sua perda não traz desastre.

Perca algo todos os dia. Aceite o susto
De perder chaves, de perder tempo.
Não é difícil aprender a arte de perder.

Depois pratique perder mais rápido mil outras coisas
Lugares, nomes, onde planejou suas férias.
Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o anel de minha mãe, depois de perder a minha própria mãe.
A última, ou a penúltima, de minhas casas queridas
Não é difícil aprender a arte de perder.

Perdi duas cidades, entes queridos.
Pior, perdi alguns reinos, dois rios, um continente.
Perde-los trouxe saudade, mas não desastre.

-até perder você (a voz que ri, os gestos que amo).
Não posso mentir: não é difícil.
Não é difícil apreender a arte de perder
Por mais que a perda – anote isto! – pareça desastre.

...E é no meu coração que guardo algumas coisas, que para perde-las...Perco primeiro a vida....E não é desastre, é destino...

-Carrego seu coração comigo
(eu o carrego no meu coração)
Nunca estou sem ele
(onde quer que eu vá, voce vai, meu querido,
E o que quer que seja por mim
É feito por você, meu querido)

Não temo o destino
(pois você é meu destino, minha vida)
Não quero o mundo
(pois você é o meu mundo, me adorado)
E você é o que a lua sempre significou,
O que o sol sempre cantou

Aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe
(aqui está a raiz da raiz, o broto do broto
E o céu do céu de uma árvore chamada vida,
Que cresce mais alta do que a alma pode ansiar
Ou a mente pode esconder)
E aqui está o fenômeno que mantém as estrelas separadas.

Carrego o seu coração (eu o carrego no meu coração)

Chega de Saudade



•Sinopse

A história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. A trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último freqüentador desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a solidão, a traição e o desejo, num clima de muita música e dança







Esse filme me emocionou e me inspirou muito...consegui ver minha amiga e eu velhotas no baile e até meu namorado, que já é praticamente igual à persongem Álvaro, mas eu não me imagino muito como Alice, tão doce e tolerante!
Com certeza depois de uns drinks eu acabaría esbarrando no velhote mais gato do baile e o convidaria pra dançar a música mais gostosa da noite! rs...


Encontrei uns comentários em outro blog e vou me atrever a transcrevê-los para cá. É muito parecido com o que eu pensei do lindo filme!
Vale muito à pena...

"Não tenho e não terei, aqui, a pretensão de escrever qualquer espécie de resenha sobre o filme que fomos ver - CHEGA DE SAUDADE, da diretora paulista Laís Bodanzky - eis que me faltam o domínio da técnica para tal e mesmo bagagem cinematográfica. Razão pela qual seguirei, como é rotina no balcão, pelos trilhos da emoção - pura e simples.

Penso que o filme, que é brasileiríssimo, custou muito pouco. Todo ele se passa no Clube União Fraterna, no bairro paulistano da Lapa (alô, Szegeri!), único cenário da história, e que no filme chama-se, é claro, Clube Chega de Saudade.

Passa-se no salão do clube, durante um baile, num desses bailões de salão, à moda antiga, onde quem desfila, a bem da verdade, é o Brasil. Eu disse, com os olhos ligeiramente marejados enquanto descia as escadas atapetadas do cinema:

- Quem não gostou do que viu, não gosta do Brasil!

Tive as mãos afagadas por uma velhinha, na casa dos 80, que me disse:

- É isso...

A história gira em torno dos pequenos dramas dos personagens, como o casal Alice (Tônia Carrero em comovidíssima atuação) e Álvaro (Leonardo Villar, idem, idem, idem!), casal cheio de manias e de mágoas, mas também cheio de carinho e de intensa ternura.

Gira em torno da jovem Bel (Maria Flor), namorada de Marquinhos (Paulo Vilhena), responsável pelos equipamentos de som do clube, e que se deixa levar pela lábia do típico malandro de salão, Eudes (Stepan Nercessian), para desespero de sua mulher, Marici (Cássia Kiss, a grande atuação do filme!), e também de seu namorado, ciumentíssimo.

Há ainda Elza (Betty Faria) e seu sofrimento pelo abandono e pela sensação de declínio, mulheres que amam homens casados e homens casados com amantes em volta, uma mulher rica, Rita (Clarisse Abujamra), que vai ao baile movida pelo tesão, e - grande personagem, esse!!! - o garçom Gilson (Marcos Cesana), perfeito como o garçom nosso de cada dia, aquele que tudo vê, tudo sabe, nada vê e nada sabe, se é que me faço entender, e que entende o drama de cada um e que age como verdadeiro anjo da guarda de bandeja em punho.

As histórias desenrolam-se não apenas num único cenário, mas também em uma única noite, durante o baile (repertório sem tirar nem pôr, retrato fiel dos bailões urbanos, e aqui mesmo, na Hadock Lobo, há o Clube Municipal que não me deixa mentir!) em que os cantores Elza Soares e Marku Ribas, fazendo o papel de casal-crooner da casa, dão show de bola.

Em tempos de estética-acima-de-tudo, de belezas impostas por parâmetros estranhos à nossa gente, fiquei felicíssimo por ver tão intensa exibição de mãos trêmulas, rugas mal-disfarçadas, marcas intensas de expressão, jogando pra escanteio o padrão que assola o mundo moderno, voltado apenas para a (falsa) perfeição de modelos que não chegam ao dedão do pé (mostrado inúmeras vezes!!!!!) da Tônia Carrero.

Não sei como se fala isso... Não sei se é fotografia... Não sei se é simplesmente a câmera do filme... Mas as tomadas (é assim que se fala?!) são comoventes, turvas quando são os olhos dos mais-velhos, cruéis na exposição das fraquezas, sinceras na crueza das emoções de um olhar, de um par de mãos, de quatro pés valsando.

Lembrei-me, no final do filme, agudamente, enquanto discutia sobre ele com minha menina diante de portentosas peças de sushi no glorioso Mitsuba, na não menos gloriosa Tijuca, de meus queridos Fernando Szegeri e Bruno Ribeiro que, se ainda não viram o filme, deveriam fazê-lo o quanto antes.

Os dois - digo isso sem medo do erro - amam o Brasil de forma torpe.

E amarão - cobrarei deles isso depois - o filme, como eu amei.

POSTED BY EDUARDO GOLDENBERG

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Menino Grande


Menino Grande
Maria Bethânia e Omara Portuondo
(Composição de Antônio Maria)
Dorme, menino grande
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui


Eu gosto tanto do carinho que ele me faz
Faz tanto bem o beijo que ele me traz
As horas passam, ligeiras, felizes
Sem a gente sentir
Ele está ao meu lado, com o corpo cansado
Precisa dormir

Dorme, menino grande
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui

Oh vento não faz barulho
Meu amor está dormindo
E o mar não bata com força
Porque ele está dormindo

Dorme, menino grande
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui






Muito Obrigada Amigos!


Obrigada meus queridos, pelo carinho no meu aniversário!
Dedico a vocês esse pequeno poema do meu Poeta mais querido!

"Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti..."

Mário Quintana

domingo, 6 de abril de 2008

Infelizmente eu perdi...Omara Portuondo e Maria Bethânia


Foi por pouco, mas tanto por fazer, sem falar na grana, mas valeria sentar nos últimos lugares para se sentir ainda mais completa, assistindo ao Show de lançamento do CD Omara Portuondo e Maria Bethânia. Foi o que pensei depois de ouvir ao CD.


Entre as faixas do álbum, destacam- se Para Cantarle a Mi Amor (Orlando de La Rosa), Menino Grande (Antonio Maria) e Caipira de Fato (Adauto Santos).


A importância de Omara Portuondo para a música cubana é equivalente à de Bethânia para a MPB. Apesar de consagradas, as duas seguem movimentando suas carreiras com projetos interessantes. O álbum que dividem agora, repleto de temas que elas nunca cantaram antes, é um exemplo disso.*

* por Irineu Franco Perpétuo eJosé Flávio Júnior

Para completar...




Sábado friozinho, garoa...
chopinho, torresmo, sopinha...
Mas os amigos nunca faltam.
Quando chegou a hora de ir...
estávamos um bagaço, cansadas...
Mas, as comemorações do meu aniversário não poderíam acabar sem o show da maravilhosa
Teresa Cristina com o grupo Semente!.
Saímos do bar daquele jeito, mas determinadas!
Quando entrei no ambiente, pois o show já havia começado, estava tudo prontinho!
Fui sentindo uma alegria no ar...
um sentimento bom foi me preenchendo eu eu fico com os olhos marejados de emoção.

Me senti completa por aquelas músicas...que voz fantástica!
Tocou minhas preferidas...Paulinho da Viola, Maria Bethânia...

Saí de lá trilili
Parecia que tinha me embriagado, flutuante...

Me joguei na cama gigante, que delícia...dormi sorrindo!

Eu completa e feliz!!! Quero mais...


quinta-feira, 3 de abril de 2008

GOSTO DE VC!!!!! GÉO


Gosto de gente com a cabeça no lugar,
de conteúdo interno, idealismo nos olhos e
dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri, chora,
se emociona com um simples e-mail,
um telefonema, uma canção suave,
um bom filme, um bom livro,
um gesto de carinho,
um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudade,
gosta de amigos, cultiva flores,
ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo
para sorrir bondade,
semear perdão, repartir ternuras,
compartilhar vivências e
dar espaço para as emoções dentro de si,
emoções que fluem naturalmente
de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta,
sem fugir de compromissos
difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende,
aconselha, busca a verdade e
quer sempre aprender,
mesmo que seja de uma criança,
de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado,
sem ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.

Gente que erra e reconhece,
cai e se levanta,
apanha e assimila os golpes,
tirando lições dos erros e
fazendo redentoras
suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de
gente assim.......
e desconfio que é
deste tipo de gente
que DEUS também gosta!

E é por isso, que gosto tanto de você!!!

(Artur da Távora)

34 anos! Saibam que não me incomodo nem um pouco!


Não sou a pessoa mais feliz do mundo, embora em alguns momentos eu acredite que sou!
Tenho algumas dores na coluna, no joelho, insônia...
e meu coração bate descompassado,
às vezes acelera na hora errada,
por vezes parece que vou vomitar!
Outras vezes parece bater tão devagar,
como se não quisesse que o tempo passasse
e eu pudesse ficar ali, parada,
fitando as pessoas que amo como se fossem só minhas...
para sempre!
Acho que é isso chegar aos 34 anos pra mim.

Pra quem não me conhece muito bem, vou tentar falar de coisas simples para as quais eu teria umas 10 respostas dependendo do dia, mas hoje...

A música que mais gostaria de ouvir seria "Tarde em Itapoã" de Toquinho e Vinícius" . Mas cantada por Maria Bethania, uma das minhas preferidas pra quem ainda não sabia...

A letra da música vai no final do post.



Deitada na areia (em cima de uma canga é claro), no final da tarde, ao anoitecer, sentindo a brisa ainda quente do dia de sol e céu azul, pensando no meu filme preferido que é Lost in translation e nos meus amores...


e uma das cenas que me deixa louca...


O livro mais importante pra mim até hoje foi “Cem anos de solidão” de Gabriel Garcia Márquez, pois me fez companhia quando eu sofria sozinha, e me apeguei tanto àquela família que chorei quando a história acabou!
Ler Cem Anos de Solidão é sentir saudade, é contemplar o pôr-do-sol pensando em alguém, desejando seu abraço, seu olhar, o sorriso e ao mesmo tempo, a cada página lida, perceber que o fim está se aproximando, que o alaranjado celestial não é eterno e que aquele olhar/sorriso já não existe mais além da dor da lembrança.
É um livro sobre o tempo, um livro triste que vai rasgando por dentro, sereno, como se fosse um amor que estivesse acabando e nada mais se pudesse fazer além de esperar o fim.

Uma poesia seria impossível, pois vivo uma , ou duas por dia e amo os poetas cada vez mais.
Mas pra mim, no meu dia vou dedicar um trecho de uma mulher muito especial

"Precisão"

O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.


Clarice Lispector



Pra ler, ouvir, cantar e ter um ótimo dia...meio carioca, meio baiano...bem feliz!!!



Tarde em Itapoã (Toquinho e Vinícius)


Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
Um arco íris no ar



Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de côco



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã



Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha



E com o olhar esquecido
No encontro do céu e mar
Bem devagar e sentindo
A terra toda rodar



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã



Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que diz-que macio
Que brota nos coqueirais



E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapoã



É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã
Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvir o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

***Escolhi vermelho pra realçar as palavras porque é minha cor preferida, junto com o verde, é claro

quarta-feira, 2 de abril de 2008

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO


Naquela manhã de princípios de abril Eugênio saiu do quarto de banho, cantando. Estava tomado duma grande e serena alegria, que se esforçava por não analisar. Sentia-se em paz com o mundo e com sua consciência.
A mesa do café (....)Tomou o último gole de café, ergueu-se e caminhou até a janela. A manhã estava fresca e tocada pela luz dum doce sol cor de ouro velho. Pairava no ar uma fina neblina que amaciava toda as formas, dando à paisagem um suave tom violeta. Envolta nessa névoa trespassada de sol, a cidade parecia um brinquedo colorido embrulhado em papel celofane.
É impossível ser mau num dia como o de hoje - refletiu Eugênio, aceitando integralmente aquele momento. Teve um desejo de ternura(...)
(...)Se naquele instante - refletiu Eugênio - caísse na Terra um habitante de Marte, havia de ficar embasbacado so verificar que num dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado, os homens em sua maioria estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas...E se perguntasse a qualquer um deles: "Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de sol?" - ouviria esta resposta singular: "Para ganhar a vida". E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar monos e viver mais. Agitavam-se na terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição os transformacva em inimigos. E, havia muitos séculos, tinham crucificado um profeta que se esforçava por lhes mostrar que eles eram irmãos, apenas e sempre irmãos (...)
http://www.youtube.com/watch?v=UowZbpQkCO8&feature=related

Aries vs. Peixes

*Áries** :* Bicho mais fogueteiro e metido não tem. Ele atropela todo mundo
que nem bagual solto em feira de porcelana.
Tem a mania de ser sempre o primeiro. E é... O primeiro louco!

Adesivos para o carro:

A) 'Vai se foder!!!'

B) 'Passa por cima, ô babaca!'

C) 'Hoje eu não tô bom!'

D) 'Runner Musculação e Aeróbica'

E) 'Mulheres são líderes naturais. Você está seguindo uma'

F) 'Perigo. Chefe zangado a bordo'

G) 'Eu atropelo duendes'

H) 'Me siga!'

I) 'Meu outro carro é mais potente'

J) 'Não tenho tudo que amo... Mas vou conseguir já, já'

*Peixes:* Já esse, o que quer é desaparecer. Vive com a cabeça nas nuvens,
viajando... Diz que conversa com o Boitatá, já viu o Negrinho do Pastoreio, e
recebe o Sepé Tiaraju. Mas o que tem de doido tem de bonzinho. É só não
contrariar.


Adesivos para o carro:

a) 'Deus o abençoe!'

b) 'Se eu estiver perdido, por favor ligue para...

(telefone de algum parente)'

c) 'Por que não lava você???'

d) 'Cinemark'

e) 'Meu carro é um Unidas/Localiza Rent a Car (após a décima batidinha
acidental)'

f) 'Voê já beijou seu marido/esposa/namorado (a) hoje?'

g) 'Consulte sempre uma bruxinha'

h) 'Eu acredito em...' (gnomos/anjos/fadas/papai noel e assemelhados)'

i) 'Não me siga. Também não me lembro para onde estava indo'

OBS: Isso só não vale para vc Géo, porque vc é ariana mais pisciana que conheço....

http://br.youtube.com/watch?v=vrs502dvYY8

Telegrama (Zeca)

MINHA CASA (Minha preferida)

é mais fácil cultuar os mortos que os vivos
mais fácil viver de sombras que de sóis
é mais fácil mimeografar o passado
que imprimir o futuro

não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo maiakóvski na loja de conveniência

não quero ser alegre
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
sob o sol de domingo

nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda

quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas

amoras silvestres no passeio público
amores secretos debaixo dos guarda-chuvas

tempestades que não parampára-raios quem não tem
mesmo que não venha o trem não posso parar

veja o mundo passar como passa
uma escola de samba que atravessa

pergunto onde estão teus tamborins
pergunto onde estão teus tamborins

sentado na porta de minha casa
a mesma e única casa
a casa onde eu sempre morei