terça-feira, 18 de março de 2008
Pra não ficar na vontade, então fica o con(texto)....
O João Pires é um vinho histórico, um vinho que marcou uma época, um vinho que representou um estrondoso corte com o passado, um gigantesco passo em frente no estilo dos brancos portugueses. Quase se pode dizer que este branco de Setúbal marcou o início da era moderna nos brancos portugueses, oferecendo fruta e frescura a um mercado habituado a vinhos oxidados e pouco aromáticos. Hoje está conotado e rotulado como um "vinho de senhoras", espartilho de que não se consegue livrar, gerador de preconceitos e limitador de mercado.
Este João Pires da colheita de 2003 mostra bolha fina e pouco persistente, provavelmente consequência da sua juventude. Apresenta cor amarelo limão muito claro, cor que confirma a extrema juventude do vinho. Nariz quase espampanante, imensamente floral e perfumado, com os aromas característicos da casta Moscatel cheios de pujança. Os aromas florais e de uva são muito, muito intensos, não deixando ninguém indiferente - ou se gosta ou não se gosta!
A boca é simples, unidimensional, mas felizmente não é enjoativa nem maçadora. A acidez é interessante, proporcionada, embora não lhe fizesse mal nenhum maior acutilância no ataque. Faz parte do estilo de vinhos que se conseguem beber sozinhos, apenas a acompanhar uma conversa despreocupada numa noite de Verão numa esplanada...
OBS: esse vinho não foi bebido, mas comido!!!!!!!!!
No niver de 30 eu garanto!!!!!!
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