Nesta sexta-feira santa...
Johann Sebastian Bach nasceu no dia 21 de março (hoje sería seu aniversário, coincidência) de 1685, em Eisenach, Alemanha. Cresceu em um ambiente propício, pois era membro de uma família de músicos. Tomava aulas de violino com o pai, violinista da corte de Eisenach, ao mesmo tempo em que recebia lições de órgão e cravo com seu tio, organista da igreja de São Jorge.
Magnificat em Ré maior, Bwv 243
O Magnificat é, em primeira definição, um cântico litúrgico incorporado ao ofício das Vésperas, isto é, a hora canônica do cair da tarde, consagrada a Maria. Bach fez posteriores modificações na obra, transpondo-a para Ré maior, destinando-a, agora, à Páscoa e Pentecostes. Por isso suprimiu as partes natalinas, revisou detalhes e completou a orquestração. Esta, que se mostrava vibrante desde a primeira versão, com percussão e trompetes, adquirirá novo brilho, particularmente por causa da adjunção de duas flautas.
Sei que alguns amigos desconsideram a sexta-feira santa e até mesmo são ateus, mas não podemos desconsiderar que, historicamente, um homem bom viveu e teve seus seguidores. Deixou palavras de esperança e amou sem pedir nada em troca. Foi acusado como bandido, julgado e levado à pena de morte por crucificação que é uma das mais torturantes formas de morte descritas.
Desde que tive minha filha, costumo me manter contrita neste dia... Penso muito em Maria e José que viram seu filho ser torturado publicamente e com o apoio do povo com quem dividiam seus dias, tarefas e agruras de pobres e honestos trabalhadores.
Dói-me muito pensar em Maria com o corpo frágil de seu doce e amado filho nos braços. Apesar de domingo ser um dia de grande festa para os cristãos que acreditam na ressurreição deste homem bom, prefiro dedicar meus melhores sentimentos a essa grande mulher que foi Maria e seu companheiro José, um grande pai postiço de Jesus Cristo.
Para Maria o grandioso Magnificat de Johan Sebastian Bach
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