segunda-feira, 31 de março de 2008

Minhas plantas!!!


Em todas as minhas casas, tive plantas. Sentar no sol de domingo à tarde, no quintal e cuidar de cada uma, com carinho, cortando as pontinhas secas e saudando a cada brotinho novo!
Sempre tinha alguém em casa pra eu gritar: VEM VER...VEM VER... nasceu um brotinho na roseira!
Agora moro num kinder-ovo, bem apertadinho, mas consegui colocar um pouco mais de vida verde e colorida e até um cachorro! O Toninho! Pra conviver com aninha e eu!

Em outro post coloco as fotos de Florinda, Chiquinho, Olívia, Zé Pequeno, Florisvaldo, Joelma e Chimbão, nossos queridos peixes que o Felipe trouxe pra morar no kinder também!
Quando eu era criança...minha mãe que sempre teve muitos tipos de plantas, foi quem me ensinou a plantar e cuidar do nosso jardim. Minha Tia Avó, “Picolla”, que morreu com quase 100 anos nos ensinava ainda meninos que devíamos aguá-las sempre ao entardecer, como a chuva de verão e assim... comprando ou arrancando por aí nos pés das árvores eu fiz meu recanto no pouquíssimo espaço que tenho.
Sempre que vem me visitar, minha Mãe dá um jeito de colocar suas mãos já tão calejadas e seguras na terra dos meus vasos pra ver se estão bem cuidadas e já levei várias broncas por esquecer de podar ou aguar “as coitadas que não pediram pra estar aqui”,rs...
Pra quem ainda não começou seu jardim, um segredo:
“Se você não der amor sem medida e água na proporção certa, melhor nem começar", é o que diz minha mãe querida com suas unhas sujas de terra e jardineiras sempre floridas!”.
Obrigada Mamis!

MAIS NEVE....

...Ele sentiu que outro poema estava vindo...sentou-se a mesinha e começou a rasbicar furiosamente. Os principais temas do poema eram amizade e intimidade. Falava também de flocos de neve e estrelas, e de numerosos motivos que lembravam dias especialmente felizes... Enquanto um verso se seguia a outro, Ka examinava a página com prazer e a exitação de um pintor olhando uma pintura aparecer em seu cavalete. Agora ele percebia que sua conversa com Kadife tinha uma lógica oculta; nesse poema intitulado "As estrelas e seus amigos", ele desenvolveu a teoria de que toda pessoa tem uma estrela, cada estrela tem um amigo, e para cada pessoa que tem uma estrela há outra pessoa que a reflete, e cada um, como um confidente, leva esse reflexo no coração...

AOS NECESSITADOS , BEM VINDOS AO MUNDO DA ALEGRIA E ILUSÕES....

Domingo chuvoso e manhoso....
Depois de tantos tratamentos, terapias, com um único objetivo, a conscientização do eu e a colocação deLE neste mundo, um tanto desajustado, mas que é o único.....
Lembro me de algo importante para esse dia: reservar um tempo para não fazer nada, apesar de saber que, é impossível não fazer nada, que estamos sempre em contínua ação, como dormindo, respirando, etc.... Então que “fazer nada” seja uma expressão usada para um momento sem grandes objetivos, um tempo de liberdade, para fazer o que der na cabeça, pensar no eu mais íntimo, flutuar, viajar......Passei o domingo assim, “sem fazer nada”, cuidando do meu jardim e pensando na vida, nos amores, nas alegrias, desilusões, então ouso uma música:

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Lembro de alguns amigos que não acreditam nisso e de outros que estão assim (quase) naturalmente alegres.....

Por fim, nesse tempo do “ sem nada para fazer”, tomo consciência do meu hoje: “A possibilidade pode fazer-me feliz!”, onde a possibilidade é o sujeito principal da frase, e tê-la é o mais importante! Triste foi perder tanto tempo sem a possibilidade, ou melhor, foi estar condenada ao fato.

domingo, 30 de março de 2008

LUIZ VIEIRA, UM POETA, CANTADOR E MESTRE DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.

A paz do meu amor (Prelúdio nº 2) (1974).
Música lançada no LP "Luiz Vieira" de 1974. Luiz Rattes Vieira Filho nasceu em 12/1/1928 em Caruaru PE. Tendo ficado órfão muito cedo pela morte da mãe, foi criado pelo avô no Rio de Janeiro. Começou a se apresentar em programas de calouros e cantar em clubes noturnos como crooner de orquestras na Lapa em 1943. Em 1946 foi contratado pela Rádio Clube do Brasil, sempre divulgando as músicas nordestinas. Na Rádio Tamoio apresentou no final dos anos 40 o programa "Salve o baião", tornando-se então o "Príncipe do baião", apresentando-se ao lado de Luiz Gonzaga o "Rei do baião", Carmélia Alves a "Rainha do baião" e Claudette Soares a "Princesinha do baião". Em 1962 lançou um de seus maiores sucessos "Menino passarinho" ou "Prelúdio para ninar gente grande". Outros grandes sucessos foram "A paz do meu amor" e "Menino de Braçanã" esta com Arnaldo dos Passos. Gravou relativamente poucos discos comparando-se com seu lado compositor, com mais de trezentas músicas, gravadas pelos maiores cantores brasileiros: Caetano Veloso, Taiguara, Pery Ribeiro, Nara Leão, Moacyr Franco, Hebe Camargo, Augusto Calheiros, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Sérgio Reis, Rita Lee, Maria Bethânia e muitos outros. Tem sido um estudioso da cultura popular nordestina e da literatura de cordel. Tem um programa radiofônico de muito sucesso "Minha terra, nossa gente" na Rádio Nacional do Rio de Janeiro e depois na Rádio Rio de Janeiro AM onde por vinte anos, de segunda a sábado das seis às nove da manhã apresenta músicas e recebe ligações dos ouvintes. Luiz Vieira é um dos maiores divulgadores das músicas nordestinas.

Dárcio Fragoso

Uma lembrança do meu pai...uma lembrança boa!


Quando eu era bem pequena, mas o suficiente pra lembrar do que ouvia e sentia, meu pai, raramente, mas com afeto cantava e tocava essas músicas. Nunca as esquecerei, graças a Deus! São tão lindas, emocionantes. Acho que contribuíram pra que eu amasse tanto a nossa música brasileira e popular!


A paz do meu amor
(Prelúdio nº 2)
(1974)

Composição: Luiz Vieira
Interpretação: Luiz Vieira


Você é isso Uma beleza imensa

Toda a recompensa De um amor sem fim

Você é isso Uma nuvem calma

No céu de minh'alma,

É ternura em mim.

Você é isso Estrela matutina

Luz que descortina

Um mundo encantador

Você é isso Parto de ternura

Lágrima que é pura

Paz do meu amor.

Você é isso

Uma beleza imensa

Toda a recompensa

De um amor sem fim

Você é isso

Uma nuvem calma

No céu de minh'alma,

É ternura em mim.

Você é isso Estrela matutina

Luz que descortina

Um mundo encantador

Você é isso Parto de ternura

Lágrima que é pura

Paz do meu amor.




Prelúdio pra ninar gente grande (menino passarinho)
Luiz Vieira do disco "Palavra de Amor"


Quando estou nos braços teus

Sinto o mundo bocejar

Quando estou nos braços teus

Sinto a vida descansar

No calor do teu carinho

Sou menino passarinho

Com vontade de voar

Sou menino passarinho

Com vontade de voar

sábado, 29 de março de 2008

Casamento da Érica...

Foto by Ana Beatriz


Dez dias atrás eu coloquei um poema da Adélia Prado pra essa minha amiga que acabou de se casar, no post chamado CASAMENTO.


Estou muito feliz por você, amiga!

Pra você.



Tantas fases difíceis! E agora que as drogas (lícitas, é claro e muito bem receitadas) fazem efeito e me ajudam a esquecer do que eu não quero lembrar e só pensar no que me pode trazer uma realidade mais feliz, honesta, ainda que fantasiosa e cheia de penduricalhos e aromas... "A ti, pareço esquisita e você me estranha".
Escolhi essa música pra Floripa, lembra-se? Adoro esses caras e você não. Mas posso te imaginar nesse trecho, dessa música que eu ouviría centenas de vezes seguidas...
" E se o caso for de ir à praia...eu levo essa casa numa sacolaaaaaaaaaaaaaaaaaa!"

Justificando...

Meus amigos e contribuidores do nosso clube do livro...
Estou vivendo muito intensamente uma nova fase pisíquica, fisiológica, energética, filosófica e o cacete a quatro...Há quem diga que entramos num inferno astral quando vamos fazer anos de vida!
Bem... por conta disso tenho lido pouco, mas ouvido, pensado e observdo muito!
Então...aguentem meus posts musicais...minhs lembranças infantis... e minha impulsividadae em colocar no blog aquilo que penso enquanto não durmo, nem sonho.
Abraços e beijos sem fim.

Georgia Marcusso

sexta-feira, 28 de março de 2008

SEDA



Fique assim, quero olhar para você, já olhei tanto, mas não era para mim, agora é para mim, não se aproxime, peço-lhe, fique como está, temos uma noite para nós, e quero olhar para você, nunca o vi assim, seu corpo para mim, sua pele, feche os olhos, e se acaricie, peço-lhe, não abra os olhos se puder, e se acaricie, são tão bonitas suas mãos, sonhei tantas vezes com elas, e agora quero vê-las, agrada-me vê-las sobre sua pele, assim, peço-lhe, continue, não abra os olhos, estou aqui, ínguém pode nos ver, e estou a seu lado, acaricie-se, senhor amado meu, acaricie seu sexo, peço-lhe, devagar, é bela a sua mão sobre seu sexo, não pare, agrada-me olhar para ela e olhar para você, senhor amado meu, não abra os olhos, não ainda, não tenha medo, pois estou perto de você, não sente? estou aqui, posso roçá-lo, isto é seda, sente-a?, é a seda do meu vestido, não abra os olhos, e terá minha pele, terá meus lábios, quando eu o tocar pela primeira vez será com meus lábios, você não saberá onde, a certa altura sentirá sobre você o calor dos meus lábios, não pode saber onde se não abrir os olhos, não abra, sentirá minha boca onde não sabe, de repernte, talvez seja nos seus olhos, encostarei minha boca nas pálpebras e nos cílios, você sentirá o calor entrar na sua cabeça, e meus lábios nos teus olhos, dentro, ou talvez seja no teu sexo, porei meus lábios lá e os abrirei descendo pouco a pouco, deixarei que seu sexo encha a minha boca, entrando pelos meus lábios, e empurrando a minha lígua, minha saliva descerá ao longo de sua pele até sua mão, um dentro da outra, sobre seu sexo, até que no fim o be ijarei no coração, porque te quero, morderei a pele que bate sobre o seu coração, porque te quero, e com o coração entre meus lábios você será meu, de verdade, com a minha boca no coração você será meu, para sempre, se não acredita em mim abra os olhos, senhor amado meu, e olhe para mim, sou eu, quem poderá anular este instante que acontece, e este meu corpo agora sem seda, suas mão que o teocam, e seus olhos que o fitam, seus dedos no meu sexo, sua língua em meus lábios, você escorregando debaixo de mim, segurando os meus quadris, me levantando, me deixando deslizar sobre o seu sexo, sem pressa, quem poderá anular isto, você dentro de mim se movendo devagar, suas mãos no meu rosto, seus dedos na minha boca, o prazer em seus olhos, sua voz, você se move devagar até me machucar, meu prazer, minha voz,meu corpo sobre o seu, seu dorso que me levanta, seus braços que não me deixam ir, os golpes dentro de mim, é uma violência doce, vejo seus olhos buscarem os meus, querem saber até onde me fazem mal, até onde você quiser, senhor amado meu, não há fim, não acabará, está vendo? ninguém poderá anular este instante que acontece, para sempre você jogará a cabeça para trás gritando, para sempre fecharei os olhos, estancando as lágrimas, minha voz dentro da sua, sua violência ao me apertar, não há tempo para fugir, nem forças para resistir, deve existir este instante, e esse instante existe, acredite em mim, senhor amado meu, esse instante exisirá, a partir de agora, existirá até o fim...
Não nos veremos mais, senhor.
O que era para nós, nós o fizemos, e o senhor sabe. Acredite em mim: nós o fizemos para sempre. Mantenha-se protegido contra mim. E não hesite um instante, se for útil para a sua felicidade, em esquecer esta mulher que agora lhe diz, sem saudade, adeus.

http://br.youtube.com/watch?v=NU2wn9L0DXc

quinta-feira, 27 de março de 2008

Com afeto para a aniversariante do dia!

Luanda. Nome de pessoa bastante intuitiva e perceptiva das situações de perigo, como se contasse com um radar. Ela é fiel e exige fidelidade em troca.



Lets get together!!!!!!!!

Foi numa noite de luanda

que um clarão me abalou em lobito

como fosse um raio de susto,

um facho místico

talvez o sol tenha esquecido

uma gota do dia na noite

pra saciar a sede do espírito em seu pernoite

ou foi o ar que incendiou

num grito da mãe oxum

dizendo: "menino, onde é que tu anda?

Eu te batizo africamente

com o fogo que deus lavrou tua semente"

luanda, luanda, luanda, luanda

luanda, luanda, luanda, luanda

luanda, luanda, luanda, luanda

Djavan