quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pois aqui está a minha vida. Pronta para ser usada. Para servir ao que vale a pena e o preço do amor.

Quem conhece meu pé sabe que ele é bem melhor do que esse da foto!
Mais delicado, lisinho... Lindo!

ARTE DE AMAR


Não faço poemas como quem chora,

nem versos como quem morre.

Quem teve esse gosto foi o bardo Bandeira

quando muito moço; achava que tinha

os dias contados pela tísica

e até se acanhava de namorar.


Faço poema como quem faz amor.`

É a mesma luta suave e desvairada

enquanto a rosa orvalhada

se vai entreabrindo devagar.

A gente nem se dá conta, até acha bom,

o imenso trabalho que amor dá para fazer.


Perdão, amor não se faz.

Quando muito, se desfaz.

Fazer amor é um dizer

(a metáfora é falaz)

de quem pretende vestir

com roupa austera a beleza

do corpo da primavera.


O verbo exato é foder.

A palavra fica nua

para todo mundo ver

o corpo amante cantando

a glória do seu poder.


Texto do meu atual poeta preferido Thiago de Mello, retirado do livro Poemas Preferidos pelo autor e seus leitores, um lindo presente de aniversário...

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