E ASSIM EM NÍNIVE
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.
"Veja! não cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.
"Não é, Ruaana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros.
É que euSou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho."
O último trecho dessa poesia de Ezra Pound foi o texto de abertura do livro da minha tese de doutorado (2003). E continua valendo muito para mim que ainda sou tão pequeno.**
**Mas descobri ontem, que
uma sessão de pisicanálise,
mais
uma sessão de acupuntura,
mais
duas taças de vinho chileno
é quase,
eu disse...
"quase"
tão parecido
quanto beber vida! (com todo o respeito ao meu poeta)
quase!
senti o sabor.
Mais uma taça do vinho e hoje eu tería um poema meu para postar aqui.
e o que o seu "figo" acha disso hein? esse vinho todo... rs.
ResponderExcluirsanta ignorância, sempre achei que ezra era uma mina...
ResponderExcluiradorei ter encontrado Ezra por aqui.
ResponderExcluirvou voltar sempre rs..
bjos.