quarta-feira, 14 de maio de 2008

EZRA POUND


E ASSIM EM NÍNIVE


"Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.


"Veja! não cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.

"Não é, Ruaana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros.
É que euSou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho."

(tradução de Augusto de Campos)

O último trecho dessa poesia de Ezra Pound foi o texto de abertura do livro da minha tese de doutorado (2003). E continua valendo muito para mim que ainda sou tão pequeno.**


**Mas descobri ontem, que


uma sessão de pisicanálise,

mais

uma sessão de acupuntura,

mais

duas taças de vinho chileno

é quase,

eu disse...

"quase"

tão parecido

quanto beber vida! (com todo o respeito ao meu poeta)

quase!

senti o sabor.


Mais uma taça do vinho e hoje eu tería um poema meu para postar aqui.

3 comentários:

  1. e o que o seu "figo" acha disso hein? esse vinho todo... rs.

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  2. santa ignorância, sempre achei que ezra era uma mina...

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  3. adorei ter encontrado Ezra por aqui.
    vou voltar sempre rs..
    bjos.

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