segunda-feira, 28 de abril de 2008

Estômago


Para não dizer que o domingo não rendeu mais...

Achei o filme engraçadinho e cruel...

Li e acho que cabe aqui:


"Uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária."

Persépolis


SENSÍVEL!

POLÍTICO!

IMPRESSIONANTE!

(Vale a pena ler a sinopse)
PERSÉPOLIS (2007)
França

Teerã 1978: Marjane, de oito anos, sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduziram à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos “Guardiões da Revolução”, que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, sonha em se transformar numa revolucionária. Pouco depois, a cidade é bombardeada durante a guerra contra o Iraque. Com as restrições impostas pelo conflito e o desaparecimento rotineiro de membros da família e entes queridos, a repressão torna-se cada dia mais severa. Como o ambiente fica a cada dia mais perigoso, a rebeldia de Marjane sugere um grave problema. Seus pais decidem mandá-la para a Áustria, para sua própria proteção. Em Viena, Marjane vive outras revoluções aos 14 anos: adolescência, liberdade e o peso do amor mas, além de toda a também excitação, vem também a sensação de exílio e solidão e o gosto amargo de estar à margem da sociedade

Hieróglifos


Disco Voador

Achei muito interessante esse texto que a Bethânia usou pra introduzir "Tocando em frente" no vídeo do post abaixo e pra quem não conseguiu ouvir reproduzo aqui:

Eu estou sempre aqui, olhando pela janela. Não vejo arranhões no céu nem discos voadores.
Os céus estão explorados mas vazios.
Existe um biombo de ossos perto daqui.
Eu acho que estou meio sangrando.
Eu já sei, não precisa me dizer.
Eu sou um fragmento gótico.
Eu sou um castelo projetado.
Eu sou um slide no meio do deserto.
Eu sempre quis ser isso mesmo.
Uma adolescente nua, que nunca viu discos voadores,
e que acaba capturada por um trovador de fala cinematográfica.
Eu sempre quis isso mesmo: armar hieróglifos com pedaços de tudo, restos de filmes, gestos de rua, gravações de rádio, fragmentos de tv.
Mas eu sei que os meus lábios são transmutação de alguma coisa planetária.
Quando eu beijo eu improviso mundos molhados.
Aciono gametas guardados.
Eu sou a transmutação de alguma coisa eletrônica.
Uma notícia de saturno esquecida, uma pulseira de temperaturas,
um manequim mutilado,
uma odalisca andróide que tinha uma grande dor,
que improvisou com restos de cinema e com seu amor, um disco voador.
Fragmentos do texto "Disco Voador" de Fausto Fawcet.

Carta de amor de Lygia Fagundes Telles...



Tenho vivido em dois planos, o cotidiano, o real com as obrigações de cada dia, com os laçõs que me prendem às pessoas queridas - que amo também e diante das quais sou um, determinado, com identidade certa, com passado, presente e futuro que me enleiam a um caminho pausado, de responsabilidades conscientemente aceitas. Desse mundo, L., você é afastada e quando também se ausenta esta emoção enorme que chego às vezes a negar, que esse é o mundo real, verdadeiro, e que não devemos, não podemos, não podemos....Que é preciso parar logo e fugir guardado a lembrança amiga de um encantamento que podeira ter sido...Quando o seu frágil e tão belo mundo, L., inesperadamente irrope e se instala desse modo em mim - como agora que que está emoção vai me tomando - então é nisso que sobretudo acredito, um tempo feito à sua imagem e construído aparentemente com fatos pequenos e miúdos: um telefonema hoje, um encontro rápido amanhã, uma esperança para Deus sabe quando. Fatos tão incertos, tão escassos - e que constituem no entanto toda a nossa história visível. Sinto que mesmo desse pouco eu poderia desistir se você quisesse. Este carinho tão fundo e puro. Secreto e altivo. Que guardo como um bem raro. Que nem você poderia mais atingir ainda que tudo acabasse amanhã. Este carinho que me devolve e recria sua imagem, já agora tão minha para sempre, tão junto e amiga. M.N.

http://br.youtube.com/watch?v=bntsolV2P0Y

AS MENINAS



Ana Clara fazendo amor. Lião fazendo comício. Mãezinha fazendo análise...Faço filosofia. Ser ou estar. Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora. Originalíssima. Se eu sou, não estou porque para que eu seja é preciso que eu não esteja. Mas não esteja onde? Muito boa a pergunta, não esteja onde. Fora de mim, é lógico. Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim. Não me desintegro da natureza porque ela me toma e me devolve na íntegra: não há competição mas identificação dos elementos. Apenas isso. Na cidade me desintegro porque na cidade eu não sou, eu estou: estou competindo e como dentro das regras do jogo (milhares de regras) preciso competir bem, tenho consequêntemente de estar bem para competir o melhor possível. Para competir o melhor possível acabo sacrificando o ser. Ora se sacrifico o ser para apenas estar, acabo me desintegrando (essencial e essência) até a pulverização total. Vaidade das vaidades. Apenas vaidade. A conclusão é bilbica mas responde a todas as perguntas deste mundo desintegrado e confuso. Os loucos reinando sobre os vivos e os mortos. Dominarão os poucos que conseguiram segurar as rédias da loucura, quais? Pulmões e mentes poluídas. Importante papel está reservado aos psiquiatras. Aos profetas, acredito ainda mais nos profetas. Acho que eu seria mais útil se estudasse Medicina, de que vão adiantar no futuro as leis se agora já são o que se sabe. Uma psiquiatra maravilhosa. O chato é que quando leio um livro sobre doenças mentais, descubro em mim os sintomas de quase todas, uma psiquiatra por dentro demais da loucura. Salva pelo amor.

POWER OFF

domingo, 27 de abril de 2008

"Nenhum de nós"


Às vezes temos que ser adultos e tive que fazer coisas desse tipo no domingão das 6:30 as 16:00h.

Não mereço!

Mas não é que valeu a pena?

No intervalo do almoço fomos até um shopping próximo e tinha um show do
“Nenhum de nós”.

Putz! Que legal!
Eu ouvia sempre no walk man, na volta dos passeios da escola, sabe?

Sentada no banco do fundão do ônibus, fazendo charme, rs...
Foi hiper legal...Enfiei-me no meio do povo e fiquei de cara para o Thedy. Uou!!! Ele era feinho, não era?
Pois é! O véio ta uma jóia, rs....

O show cheio de fãs cantando as músicas novas que nem sei onde é que tocam...

não ouço rádio!
Porra! Valeu muito!
Se não tivesse que voltar para quela merrrrrrrrrrrrr de concurso ficaria alí curtindo.
O Astronauta de Mármore
Nenhum de Nós
Composição: David Bowie - Versão : Thedy Corrêa , Sady Homrich e Carlos Stein

A lua inteira agora
É um manto negro
Oh! Oh!
O fim das vozes no meu rádio
Oh! Oh!
São quatro ciclos
No escuro deserto do céu...
Quero um machado
Prá quebrar o gelo
Oh! Oh!Quero acordar
Do sonho agora mesmo
Oh! Oh!
Quero uma chance
De tentar viver sem dor...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Hum! Hum! Hum Hum! Hum!...
A trajetória
Escapa o risco nú
Uh! Uh!
As nuvens queimam o céu
Nariz azul
Uh! Uh!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu...
A lua o lado escuro
É sempre igual
Al! Al!
No espaço a solidão
É tão normal
Al! Al!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar...
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Estar lá!
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sei que estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo...
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...
Larará!
Larará!
(Apesar de poder ouvir walk man e ir aos passeios do colégio eu era uma adolescente muito triste...mesmo assim as pequenas lembranças dos poucos momentos em que eu parecia uma garota qualquer me fazem sentir mais feliz!
Só não consigo NÂO sentir saudades de tudo que não pude fazer pq meus pais não deixaram, de tudo que não fiz por medo depois que cresci um pouquinho, de tudo que fingi não querer fazer por orgulho, e de tudo que passou da hora de fazer quando fiquei mãe)